segunda-feira, 23 de agosto de 2010



“A intolerância vem de uma posição fascista, não democrática, e o trabalho da Comissão visa a acabar com isso”. Com essas palavras, o porta-voz da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, babalawo Ivanir dos Santos, iniciou a Segunda Plenária para a Terceira Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, que acontecerá no dia 19 de setembro, no Posto 6. A reunião aconteceu no dia 13 de agosto, no auditório 13 da Uerj, com grande número de pessoas e presenças de autoridades.
Hare Krishnas, umbandistas, metodistas, candomblecistas e pessoas de diversas crenças estiveram no evento para mais um passo em direção ao grande dia. O entusiasmo tomou conta do auditório, que também recebeu ateus de braços abertos. A intenção, segundo Luiz Cavalcante, é fazer que a união mostre para a sociedade a importância de se exterminar com qualquer tipo de preconceito.
- Nós, ateus, também temos lutado para sermos aceitos. Estou aqui para que todos saibam que temos direito a livre escolha. Não cabem preconceitos.
Foi desta forma que Ivanir dos Santos mostrou, em nome dos membros da Comissão, que o respeito e as alianças farão da caminhada de 2010 um acontecimento diferente dos que passaram.
- A cada ano, mais pessoas nos procuram com a intenção de acabar com os atos criminosos em relação às opções religiosas de outras pessoas. Este é o caminho para que, juntos, mostremos nossa força -, disse o babalawo.

Ricardo Henriques ao lado da CCIR
O secretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Ricardo Henriques, juntamente com o superintendente Cláudio Nascimento, ouviu alguns depoimentos de vítimas de intolerância e, frente aos presentes, comprometeu-se em apoiar a CCIR.
- Este é um momento de extrema importância. Há uma grande necessidade de se unir sociedade e Estado para cessar essas ocorrências. Essas atitudes chegam a ser patéticas, e a intolerância é inaceitável -, declarou Henriques, que, em seu breve discurso, revelou que as diferenças deveriam ser os ingredientes para a união entre todos e que, a partir da máquina do Estado, há meios de minimizar a situação.
- Com a máquina do Estado, pode-se partir para encontrar meios de finalizar com esses preconceitos.
Para o porta-voz da CCIR, é essencial ouvir as ideias e experiências pelas quais a Comissão já passou. Ele ressaltou o trabalho que Carlos Nicodemos vem fazendo ao apoiar vítimas de intolerância e agradeceu ao apoio e à representação do Estado na luta.
- Claro que é interessante apoiar a configuração do Estado. Mas é de extrema relevância que se leve em consideração o histórico da Comissão e o trabalho do Carlos Nicodemos. Esta união só vai fortalecer o respeito entre todos.
Ao fim, Ivanir revelou que a CCIR tem feito contato com a Secretaria de Transportes para facilitar a locomoção para a Orla de Copacabana e que várias atrações culturais vão surpreender a caminhada deste ano. Entre elas, há a possibilidade de o evento contar com tambores da escola de samba Viradouro, além de apresentações de diversos músicos eruditos.

Comissão de Combate à Intolerância Religiosa
Ricardo Rubim
- Coordenador de Comunicação CCIR/RJ
Tel: 21 7846-0412 / 21 2273-3974 / 21 2232-7077
 

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