sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

MENSAGEM PSICOGRAFADA DE UM PASTOR ARREPENDIDO

A maior de todas as religiões
Meus amigos em Jesus, peço-lhes a devida licença para registrar minhas humildes e despretensiosa, através deste expediente que, há bem pouco excomungava como sendo recurso de satanás, o terrível e abominável príncipe das trevas...
Pastor protestante, nutri pelo espiritismo, obviamente mais por ignorância do que por maldade, a mais repulsiva idéia. Tinha-o como sendo uma seita completamente desprezível e avessa aos propósitos do Cristo, limitado que me achava pela cultura teológica que assim me dominava o entendimento.
Contudo, para minha “tristeza” um único irmão, tornara-se espírita logo depois que se consorciara com aquela que lhe foi esposa dedicada por longos anos.
Quando soube de sua adesão aos ensinamentos espiritistas e do codificador Allan Kardec passei a tratá-lo como um endemoniado sem contas no meu entender de pastor, era o irmão de sangue um amigo próximo das forças terríveis de satanás.
Inobstante sua transformação moral a olhos vistos, seu desapego gradativo das posses materiais e a sua obra de assistência aos necessitados, não me contive e passei a perseguí-lo com palavras que hoje me soam na consciência como sendo uma das maiores atrocidades e o inferno teológico que supunha existir vive em minha consciência.
Ainda, sim, a calma, a perseverança e o perdão incondicional.
Confesso que o desertei como sendo causa perdida, um filho que caiu na vida...
Mas ele ali forte amistoso e sempre prestimoso. Não podia entender dentro da minha visão, como satanás podia ser tão superior às minhas orações.
Um dia, porém, qual uma revelação nunca ocorrida em minha vida de missionário se faz tão viva e jamais acontecera. Cansado depois de uma noite de pregação, pus-me quando todos já haviam deixado a igreja, eis que a figura de minha mãe se faz presente, envolto em uma luz sem que pudesse descrever...
Era ela mesmo, a nossa querida genitora, mulher sofrida e honesta que honrara a família costurando sem parar, quando há muito já se fizera viúva, para que nada nos faltasse de essencial ao lar.
Ei-la, ali cheia de luz, proferindo-me pensamentos que me chegavam exatos ao entendimento.
– Meu filho! Conheces a passagem de Jesus que diz que se reconhece o cristão pelos frutos que produz?!
Respondi a ela, afirmativamente, em completo êxtase e contentamento.
– Por isso – continuou com suavidade – olha teu irmão, o que tem feito em favor dos muitos necessitados que têm batido à porta dele. Para Deus, meu filho, só há a religião do Amor. Crês, realmente, que o diabo pode operar a caridade em favor dos que perambulam por aí em desespero? Agradece a Deus e ore sempre por ele. Deus, meu filho, está em toda parte!
Dizendo isso, foi aos poucos se desfazendo a sua figura materna, que para mim naquele momento, era a maior maravilha que meu coração experenciava.
Naquela mesma noite, tomei o automóvel e, às pressas fui ter com o irmão espírita que me abraçou com tanta alegria que nós dois choramos de alegria e paz.
Mal sabia, todavia, que aquele era o último abraço no mundo físico no irmão que por quase dez anos seguidos foi alvo predileto de minha cegueira. Naquela mesma semana, o irmão querido deixou a existência física subtamente. Num dia de natal, eis que deita-se para repousar depois de atender as crianças necessitadas e seus pais em festa na casa espírita. Disse apenas à esposa inseparável pouco antes de repousar:
– Minha querida, sinto-me tão feliz hoje que me sinto ao lado de Dr. Bezerra e de Jesus. Pode haver alegria maior?... – e partiu.
Os anos se sucederam e a morte também me alcançou. Os céus que aguardava se perderam na minha pretensão de menor esforço. Vaguei pela minha própria inconsciência até que, um dia, meus amigos me reconduziram a uma casa de repouso, onde me aguardavam mamãe e meu irmão dileto.
Eis-me aqui, amigos. Desculpe-me a emoção, mas que Jesus nos abençoe a todos.
O amor e tão somente o amor é a maior de todas as religiões.
Amém.
Samuel dos Santos Jr.
Mensagem psicografada por J. G. Argel em 27 de dezembro de 2006 em “Casa de Eurípedes”, Taubaté, SP.

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