| superioridade da natureza de Jesus 1. – Os  fatos   narrados no Evangelho e que foram até aqui
 considerados como miraculosos, pertencem, na maioria, à
 ordem dos fenômenos psíquicos, quer dizer, daqueles que
 têm por causa primeira as faculdades e os atributos da alma
 Aproximando-os daqueles que estão descritos e explicados
 
 no capitúlo precedente,reconhece-se
 
 sem dificuldade, que há entre
 eles identidade de causa e de efeito.
 A  história mostra-os anágolos em
 todos os tempos e em todos os povos, pela
 razão que, desde que há almas encarnadas e desencarnadas, os
 mesmos efeitos devem ter-se produzido. Pode-se, é verdade, contestar
 sobre este ponto a veracidade da história; mas hoje eles
 se produzem sob os nossos olhos, por assim dizer, à vontade,
 e por indivíduos que nada têm de excepcional. Só o fato
 da reprodução de um fenômeno, em condições idênticas,
 basta para provar que é possível e submetido a uma lei,
 e que, desde então, não é mais miraculoso.
 O  princípio dos fenômenos psíquicos repousa, como
 se viu, sobre as propriedades do fluido perispiritual,
 que constitui o agente magnético; sobre as manifestações
 da vida espiritual,durante
 a vida e depois da morte; enfim, sobre
 o estado constitutivo dos Espíritos e o seu papel como
 força ativa da Natureza.
 Estes elementos conhecidos, e seus efeitos constatados
 , têm por conseqüência
 fazer admitir a possibilidade de certos fatos que eram
 rejeitados quando se lhes
 atribuía uma origem sobrenatural.
 2. –  Sem  nada   prejulgar  sobre a natureza do Cristo
 , que não entra no
 quadro desta obra examinar, e não o considerando,
 por hipótese, senão um
 Espírito superior, não se pode impedir de reconhecer
 nele um daqueles de ordem
 mais  elevada,  e  que  está colocado, pelas suas virtudes
 , bem acima da
 Humanidade terrestre. Pelos imensos resultados que ele
 produziu, a sua
 encarnação neste mundo
 não poderia ser senão uma dessas missões que
 não são confiadas senão aos mensageiros
 diretos da Divindade para o
 cumprimento  de seus desígnios. Supondo
 que ele não fosse  o próprio Deus
 , mas um enviado de Deus para transmitir a
 sua palavra, ele seria mais do que
 um profeta, porque seria um Messias divino.
 Como  homem, tinha a organização dos
 seres carnais; mas como Espírito puro,
 desligado da matéria, deveria viver a
 vida espiritual mais do que a vida corpórea,
 da qual não tinha as fraquezas.
 A superioridade de Jesus sobre
 os homens não
 se prendia às particularidades de seu corpo,
 mas às de seu Espírito, que dominava
 a matéria de maneira absoluta, e à de
 seu perispírito, haurida na parte mais
 quintessenciada dos fluidos terrestres.
 (Cap. XIV, nº 9). Sua alma não devia
 prender-se ao corpo senão pelos laços
 estritamente indispensáveis; constantemente
 desligado, devia dar-lhe uma dupla vista não
 somente permanente, mas de uma
 penetração excepcional e bem de outro
 modo superior àquela que se vê entre os
 homens comuns. Deveria ser do mesmo
 modo em todos os fenômenos que
 dependem dos fluidos perispirituais ou
 psíquicos. A qualidade destes fluidos
 lhe dava uma imensa força magnética,
 secundada pelo desejo incessante
 de fazer o bem.
 
 Nas  curas que ele operava, agia como médium?
 Pode-se considerá-lo
 como um poderoso médium curador? Não; porque
 o médium é um intermediário,
 um instrumento de que se servem
 os Espíritos desencarnados. Ora,
 o Cristo não
 tinha necessidade de assistência, ele
 que assistia os  outros; agia, pois, por si
 mesmo, em virtude de seu poder pessoal,
 assim  como podem fazê-lo os encarnados
 em certos casos e na medida de suas forças
 . Que Espírito, aliás, ousaria insuflar-lhe
 
  seus próprios pensamentos e encarregá-lo de transmiti-los? Se recebesse um influxo
 estranho, este não poderia ser senão de Deus
 ; segundo a definição dada por um Espírito,
 ele era médium de Deus.
 
  Retrato de Jesus "Sabendo que desejas conhecer quanto vou narrar,
 existindo nos nossos  tempos um homem,  o qual vive atualmente de grandes virtudes,  chamado  Jesus, que pelo povo é inculcado  o profeta da verdade, e os seus  discípulos  dizem que é filho de Deus, criador do céu e  da terra e de  todas as coisas que nela se acham e que nela tenham  estado; em verdade, ó  César, cada dia se ouvem coisas maravilhosas  desse Jesus: ressuscita os  mortos, cura os enfermos, em uma só palavra:  é um homem de justa  estatura e é muito belo no aspecto, e há  tanta majestade no rosto, que  aqueles que o vêem são forçados a  amá-lo ou a temê-lo. Tem os cabelos da  cor da amêndoa bem  madura, são distendidos até as orelhas, e das  orelhas até as espáduas,  são da cor da terra, porém mais reluzentes. 
 Tem no meio de sua fronte uma linha separando os
  cabelos, na forma em   uso nos nazarenos, o seu rosto é cheio, o aspecto é  muito sereno,  nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face, de  uma cor moderada; o nariz e  a boca são irrepreensíveis. 
 A barba é espessa, mas semelhante aos cabelos, não muito longa,
  mas  separada pelo meio, seu olhar é muito afetuoso e grave;  tem os olhos  expressivos e claros, o que surpreende é que  resplandecem no seu rosto  como os raios do sol, porém  ninguém pode olhar fixo o seu semblante,  porque quando  resplende, apavora, e quando ameniza, faz chorar, faz-se   amar e é alegre com gravidade. 
 Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas, antes, chorar.
 Tem os braços e  as mãos muito belos; na palestra,  contenta muito, mas o faz raramente e,  quando dele  se aproxima, verifica-se que é muito modesto na  presença e  na pessoa. É o mais belo homem que  se possa imaginar, muito semelhante à  sua Mãe,  a qual é de uma rara beleza, não se tendo jamais,  visto por  estas partes uma mulher tão bela, porém, se  a Majestade Tua, ó César,  deseja vê-lo, como no aviso  passado escreveste, dá-me ordens, que não  faltarei de  mandá-lo o mais depressa possível. 
 De letras, faz-se admirar de toda a cidade de Jerusalém;
 ele sabe todas  as ciências e nunca estudou nada.  Ele caminha descalço e sem coisa  alguma na cabeça.  Muitos se riem, vendo-o assim, porém em sua presença,   falando com ele, tremem e admiram. 
 Dizem que tal homem nunca fora ouvido por estas partes.
  Em verdade,  segundo me dizem os hebreus, não se ouviram,  jamais, tais conselhos, de  grande doutrina, como ensina  este Jesus; muitos judeus o têm como Divino  e muitos me  querelam, afirmando que é contra a lei da Tua Majestade; eu   sou grandemente molestado por esses malignos hebreus. Diz-se este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja,
 mas, ao contrário,  aqueles que o conhecem e com ele  têm praticado, afirmam Ter dele  recebido grandes  benefícios e saúde, porém à tua obediência estou  prontíssimo  aquilo que Tua Majestade ordenar será cumprido. Vale da Majestade Tua, fidelíssimo e
 obrigadíssimo... Públio Lêntulo,  presidente da Judéia L'indizione setima, luna seconda."
 (Este documento foi encontrado no arquivo
  do Duque de Cesadini, em Roma.  Essa carta,  onde se faz o retrato físico de moral de Jesus,  foi mandada  de Jerusalém ao  Imperador Tibério César, em Roma, ao tempo de Jesus.)  
 A promessa de Jesus
 NOVO TESTAMENTO: "Se me amardes, guardareis os
 meus mandamentos. E eu  rogarei ao Pai, e Ele vos dará  outro Consolador, para que fique convosco  para sempre;  o Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber,   porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis,  porque habita  convosco, e estará em vós..." 
 "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo,
 que o Pai enviará em meu nome,  esse vos ensinará  todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto  vos tenho dito." 
 (João, XIV. 15 a 17 e 26)
 
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