sábado, 23 de abril de 2011

Bhagavad-gita

Bhagavad Gita – Significado

Na Bhagavad Gita, o mais célebre texto sobre autoconhecimento (Yoga) da tradição milenar indiana, fala-se sobre vinte valores essenciais a quem pretende evoluir no plano espiritual, por quem se identifica com estar de bem com a vida, com o mundo e os com os outros

Bhagavad Gita significa “Sublime Canção” e é um tipo de Salmo da Mahabharata. Este texto narra de forma poética uma guerra em família que pretende governar a cidade de Hastinapura. 

Há dois exércitos a duelar, os Pandavas(exército do bem) e os Kuravas(exército do mal). Tudo flui de forma como em qualquer duelo, até que Arjuna – arqueiro e príncipe dos Pandavas – é conduzido por seu próprio pedido até o centro da batalha pelo mestre Krishna para simplesmente ver melhor o seu inimigo. Essa visão é estonteante a ele, pois ele vê e se depara com sua própria família. Isso o deixa muito apavorado.

Ele faz uma série de perguntas a Krishna, pois ele quer saber de onde lhe virá forças para atacar e confrontar seus próprios parentes, pessoas que ele as conhece e tem um grau de afeição. Mas Krishna vai além, explica o sentido dessa batalha e faz com que Arjuna entenda que se trata de uma batalha interna, é uma luta em nossa intimidade, armada e brigada em nossa mente, o tipo de batalha que lutamos todos os dias, cada dia. Arjuna pois se põe a lutar e vence.

O livro se trata de todos esses ensinamentos de Krishna a Arjuna, a luta, rompe os conceitos de tempo e espaço e acontece como que fosse em um reduto espiritual.

Talvez de tantos ensinamentos poderosos contidos no Bhagavad Gita, o pensamento que o melhor diz respeito é : A mente funciona como um inimigo para aqueles que não a controlam. Arjuna é cada um de nós que vivemos e andamos sobre a face da Terra. Somos aqueles que estão sempre a caminhar, abrir caminhos, pavimentando nosso destino em direção ao rumo do que de fato queremos ser e chegar. O Exército dos Pandavas diz respeito aos nossos sonhos, nossa tão grande esperança, nosso amor mais bonito.Enquanto os Kuravas são nossos vícios, nossas fragilidades e defeitos. São importantes dentro de seus limites, pois como as virtudes seriam fortalecidas se acaso não houvesse nossa tão particular fragilidade? Falando assim, fica fácil divergir entre Pandavas e Kuravas, virtudes e fragilidades. Porém, Pandavas e Kuravas eram a mesma família, bem como nossas virtudes e fragilidades formam aquilo que somos e amamos muitas vezes mesmo sem querer amar.

Este guia lhe permitirá uma visão clara dos temas da Bhagavad-gita e de sua progressão natural ao longo desse diálogo sagrado.

 Capítulo 1
Bhagavad-gita tem início no Bhisma-parva da obra maior Mahabharata, obra esta que descreve em detalhes as intrigas políticas que culminam na batalha de Kurukshetra, onde então se encontram Krishna e Arjuna.
Sanjaya é o secretário pessoal do rei cego Dhritarastra, que está muito ansioso por saber como se desenrolará a batalha no campo de Kurukshetra – desejoso de que seu filho perverso, Duryodhana, seja vitorioso sobre seu sobrinho de grandes virtudes, Arjuna. Assim, Dhritarastra pede a Sanjaya que descreva os acontecimentos no campo de batalha valendo-se do poder místico que seu secretário possuía devido a uma bênção de seu mestre espiritual. Sanjaya, deste modo, torna-se narrador do diálogo Bhagavad-gita, entre Krishna e Arjuna, que acontece momentos antes do início da batalha.
Este posicionamento da grande canção é estratégico. Toda a atenção do leitor, após a leitura de muitos capítulos do Mahabharata com intrigas, combates e romances, está indesviável agora no clímax da obra na guerra: o momento perfeito para introduzir o mais importante de toda a narrativa, a Bhagavad-gita. O estado mental induzido em Arjuna também é providencial, pois, desorientado diante de sua obrigação de aplicar sobre seu primo Duryodhana e seus cúmplices Dronacharya, Bhisma e outros parentes e entes queridos a pena apropriada pelo insulto de ordem sexual a uma mulher inocente e outros delitos, Arjuna faz o papel de nós almas confusas em relação a quais são nossos deveres, qual é a nossa posição neste mundo, qual é nossa relação com Deus e outros assuntos de grande importância.
Assim, os versos de 1 a 27 da Bhagavad-gita ainda nos introduzem ao contexto histórico onde ocorrerá o diálogo.
Nos versos de 28 ao final, Arjuna apresenta as razões por que deseja não lutar, as quais são em número de cinco: compaixão por aqueles contra quem tem de lutar; o egoísmo de saber que não desfrutará após a guerra caso vitorioso, uma vez que não terá seus parentes para comemorarem consigo; temor das consequências da destruição da família; medo de incorrer em pecado e ter de sofrer reações adversas em decorrência disso; e a indecisão de não saber com toda a segurança se é melhor vencer ou ser derrotado.
Apresentados seus argumentos, Arjuna deixa de lado suas armas e se senta em sua quadriga tomado de angústia.
Capítulo 2
Krishna, nos versos de 1 a 10, rejeita de modo contundente os argumentos de Arjuna para não cumprir seu dever como guerreiro. Arjuna, por fim, admite estar confuso e aceita Krishna como seu mestre espiritual, pedindo-Lhe que diga definitivamente o que lhe é melhor. Krishna, então, prossegue instruindo Seu amigo, agora também discípulo.
Nos versos de 11 a 30, Krishna introduz o conceito de eternidade da alma, distinção do corpo e transmigração da mesma por diferentes corpos.ciclo vidaNos versos de 31 a 38, então, dedica-Se a defender que Arjuna deve lutar porque esse é o dever a ele prescrito e não há pecado em cumprir o dever conforme prescrevem as escrituras, mesmo se esse dever for matar.
Uma vez que Arjuna respaldou seus argumentos nas escrituras e na tradição da sucessão discipular, Krishna comenta, nos versos de 39 a 53, como as escrituras sagradas, embora de fato reveladas, têm seções menos do que conclusivas, assim expondo que seus argumentos não eram baseados na conclusão dos Vedas.
Quando Arjuna pede por mais esclarecimento, Krishna, nos versos de 54 ao final, conclui o capítulo explicando mais elaboradamente as características de autocontrole e outras daquele cuja consciência está absorta na transcendência e encerra dizendo que quem atinge semelhante estado de pureza pode entrar em Sua morada eterna, além do ciclo de nascimentos e mortes.
Argumentos de Arjuna e Respostas
O primeiro argumento de Arjuna, referente à compaixão pelos adversários, apresentado no capítulo anterior, é respondido neste capítulo nos versos de 11 a 30. O segundo argumento que Arjuna apresentou, pertinente ao egoísmo de conquistar um reino sem ter com quem comemorar, é respondido nos versos 31 e 32. O terceiro, que diz respeito ao medo de reações pecaminosas, têm resposta nos versos de 33 a 37. O quarto argumento, por sua vez, referente aos problemas da destruição familiar, é respondido nos versos 45 e 46 (e também no verso 24 do capítulo 3).
Um quinto argumento de Arjuna para sua hesitação em lutar é apresentado neste capítulo 2, no verso 6. Nesse verso, Arjuna diz que a indecisão é outro elemento que o confunde, não sabendo se é melhor vencer ou ser derrotado.
Capítulo 3
No verso de número 49 do capítulo anterior, Krishna glorificou a prestação de serviço devocional ao Senhor como algo superior às atividades materialmente motivadas. A Arjuna, no entanto, isso pareceu ser a sugestão do abandono da atividade de lutar, mas, em aparente contradição, Krishna prosseguia exortando-o à luta. Este capítulo, por conseguinte, começa, nos versos 1 e 2, com o guerreiro perguntando a Krishna o que é definitivamente melhor, o serviço devocional ou o trabalho, o qual, o segundo, Arjuna acredita ser sempre fruitivo.
Krishna esclarece nos versos de 3 a 9 que o trabalho deve ser combinado com conhecimento e desapego, e seus frutos, oferecidos para a satisfação do Senhor Supremo, desfazendo a suposta contradição entre trabalho e serviço devocional.
Nos versos de 10 a 16, Krishna descreve o sistema conhecido como karma-kanda, um sistema de respeito às poderosas entidades vivas que possuem cargos administrativos no cosmo e prática de sacrifícios a fim de ser merecedor de prosperidade neste mundo. Esse sistema é considerado inferior a outros sistemas religiosos uma vez que seus frutos são temporários: bom nascimento, saúde, riqueza, gozo dos sentidos. Porém, quem o adota se purifica gradualmente em virtude de quatro questões: (1) A pessoa se vê forçada a praticar certas regulações, o que conduz a desapego; (2) esse processo faz o praticante estudar os Vedas, nos quais figuram ensinamentos mais elevados, com os quais o indivíduo terminará entrando em contato; (3) obtendo os resultados, ainda que materiais, de sua prática a pessoa desenvolve fé nas escrituras como de fato reveladas; e (4) o processo faz com que o indivíduo se associe com sacerdotes, os quais podem ter valores superiores aos seus e transmiti-los. Por tais motivos, Krishna também apresenta esse conhecimento.
Nos versos de 17 a 35, Krishna fala sobre a importância de alguém cumprir seu dever sem apego a fim de que sirva de exemplo para as outras pessoas, sobretudo alguém formador de opinião e influente, como o caso de Arjuna, um político/combatente muito famoso já em seu tempo.carruageNos versos de 36 ao final, Krishna versa sobre por que as pessoas não cumprem seus deveres, inclusive pessoas que conhecem perfeitamente os deveres e possuem o desejo de segui-los. O motivo disso é a luxúria, a ira e outro vícios, os quais, Krishna sugere, devem ser controlados através da conscientização de que somos superiores aos sentidos, à mente e à inteligência e recorrendo à inteligência espiritual.
Capítulo 4
Diferentemente do capítulo anterior, este não é iniciado com uma pergunta de Arjuna, senão que Krishna o começa espontaneamente. De modo a valorizar a “inteligência espiritual” sobre a qual falou no último verso do capítulo 3 – mencionada como o recurso para dominar os sentidos, a mente e a inteligência, os locais de assento do egoísmo que nos impede de cumprir nossos deveres, sobretudo como uma oferenda a Deus – Krishna menciona a história desse conhecimento, nos versos de 1 a 10. Em tais versos, Krishna fala sobre como o conhecimento O tem por origem e como o mesmo chegou à Terra muito tempo atrás mediante uma linha de mestres e discípulos, ou sucessão discipular. Diz ainda que sempre que esse conhecimento se perde e a irreligião se torna proeminente, Ele restabelece a revelação, a qual tem por objetivo conduzir as pessoas ao desenvolvimento do amor a Ele.
Nos versos de 11 a 15, Arjuna ouve sobre como Krishna reciproca a forma de rendição de cada pessoa e sobre como a perfeição é agir como aqueles que compreenderam a natureza de Krishna como a personalidade que não tem nenhum envolvimento com as ações e reações do mundo material.
Então, nos versos de 16 a 24, Krishna discute como a verdadeira liberdade de pecado está em agir livre da expectativa de gozo dos sentidos e em conhecimento, e não na inação negligente.
Nos versos de 25 ao final, Krishna apresenta diferentes tipos de sacrifícios e conclui dizendo que o melhor sacrifício é aquele executado com conhecimento. Em conclusão, agir segundo o conhecimento transcendental, como dito no último verso do capítulo 3, é a melhor forma de alguém se ver livre de todas as reações pecaminosas resultantes do agir.
Capítulo 5
Ao longo dos capítulos até este ponto, Arjuna ouviu tanto sobre a importância de agir no cumprimento do dever quanto sobre o cultivo de conhecimento, o que, em geral, é feito de forma inativa. Porque seu entendimento de como deve proceder ainda não está inteiramente claro, inicia mais um capítulo dirigindo a Krishna, desde o capítulo 2 seu mestre espiritual formal, uma pergunta: “Caro Krishna, por favor, fala-me em definitivo qual dos dois é mais benéfico: renunciar ao trabalho ou trabalhar com devoção.”
A dúvida de Arjuna nasce da ideia de que renúncia e trabalho são incompatíveis, mas Krishna diz que o trabalho feito com conhecimento e devoção é renúncia. O conhecimento espiritual sem aplicação prática não é suficiente para alguém obter a libertação das garras do ciclo de nascimentos e mortes, senão que a pessoa, uma vez ciente de sua posição como alma espiritual serva eterna de Deus, deve passar a atuar nessa capacidade. As perguntas de Arjuna e essa explicação acontecem nos versos 1 a 6.
Depois de enfatizar que o trabalho em desapego é mais fácil e superior à inatividade, discorre, nos versos de 7 a 12, sobre como semelhante trabalhador não se identifica com seu corpo ou com as atividades realizadas pelo mesmo.
Nos versos de 13 a 16, Krishna fala sobre o conhecimento dos três executores: a entidade viva; os três modos da natureza material, mencionados pela primeira vez no verso 45 do capítulo 2; e a Superalma, ou Alma Suprema.
Que o indivíduo que fixa sua consciência em tal Superalma através da devoção e também do conhecimento e que age de forma apropriada alcança a libertação brevemente é o assunto abordado nos versos de 17 a 26, libertação esta também obtenível pelo processo do yoga mecânico, segundo os versos 27 e 28.
No verso final do capítulo, Krishna reúne em torno de Si todo o ensinamento que apresentou até então. Ao dizer que se deve entendê-lO como o desfrutador de todo sacrifício e como o Senhor de todos os semideuses, Krishna coloca a importância de que os sacrifícios sejam ofertados a Ele, e não a deuses menores, como Brahma ou Indra. Dizendo que é o desfrutador das austeridades, liga a Si também o conhecimento, o qual é cultivado por pessoas austeras, ou desinteressados do gozo sensorial. E, finalmente, ao declarar-Se o melhor amigo de todas as entidades vivas, revela que a Superalma presente no coração de todos é Ele. A Superalma é comparada ao melhor amigo uma vez que acompanha a alma por todos os corpos dando-lhe intuição espiritual. Quem compreende Krishna dessa maneira, conclui o capítulo, obtém paz, ou, em outras palavras, a libertação.
Capítulo 6
No par de versos 27 e 28 do capítulo anterior, Krishna falou como a libertação é obtenível através do processo do yoga mecânico, o qual agora descreverá em detalhes.
Depois de enfatizar nos versos de 1 a 4 a importância de ser um verdadeiro renunciante através da renúncia aos frutos da ação, e não através da renúncia da ação em si, Krishna fala, nos versos de 5 a 9, da relevância do afastamento do gozo dos sentidos e descreve o estado mental de quem conseguiu a perfeição nessa prática.krishnaNos versos de 10 a 32, uma descrição bastante longa, Arjuna ouve sobre os elementos da prática do yoga mecânico e também seu progresso até a culminação de o yogi ser capaz de ver a Superalma, e, nos versos de 33 a 36, ouve sobre a importância do controle mental.
Arjuna, então, nos versos de 37 a 39, pergunta a Krishna o que acontece se alguém dá início às práticas ióguicas porém falece antes de atingir a perfeição. Krishna responde nos versos de 40 a 45 que se o yogi morre após pouco avanço, ou seja, morre ainda com muitos desejos materiais, ele nasce nos planetas superiores deste universo, onde há muito gozo sensorial e igualmente vasto conforto, e, após essa estadia celeste, renasce na Terra em uma família rica e aristocrática. Caso o avanço do yogi tenha sido maior, renasce diretamente em uma família de grandes yogis, como Nimi. O yogi, então, deve continuar se esforçando, por quantas vidas forem necessárias, até que atinja finalmente a perfeição.
Nos 2 versos finais, Krishna conclui o capítulo dizendo que o yogi é mais elevado do que todos os outros tipos de religiosos, e adiciona que, entre os tipos de yogis, o mais elevado é aquele que tem fé em Sua pessoa, O tem por refúgio, pensa nEle dentro de si mesmo e Lhe presta serviço transcendental amoroso.
Capítulo 7
Tendo identificado no último verso do capítulo anterior que o melhor yogi é aquele que O serve e pensa nEle, Krishna começa o capítulo pedindo a Arjuna que ouça sobre Suas energias materiais e espirituais a fim de que possa pensar nEle mesmo enquanto contemplando este mundo, que é uma combinação de matéria e espírito. Essa explicação acontece nos versos de 1 a 12.
Nos versos de 13 a 19, então, Krishna explica que, uma vez que Ele é o controlador dos três modos da natureza material, quem se rende a Ele pode transcender esta existência. Porém, não são todos que se rendem a Ele, senão que existem quatro classes de pessoas que se rendem e quatro classes de pessoas que não o fazem.
Nos versos de 20 a 25, Krishna diz quais são as crenças daqueles que não se rendem a Ele: Ou adoram diferentes deuses conforme seus desejos materiais ou são impersonalistas, isto é, não acreditam que a personalidade de Krishna seja eterna e que Ele tenha um reino eterno onde almas puras preservam sua individualidade e O servem em bem-aventurança além de toda influência material do fator tempo. Krishna tece Seu parecer acerca de tais pessoas e revela que as tem em baixa estima.
Como alguém pode ficar livre de tais concepções que são do desagrado de Krishna? Através do serviço devocional, explica Krishna nos versos de 26 ao final, categoria de serviço esta que eleva a alma acima das dualidades e permite-lhe conhecer Krishna na hora da morte.
Capítulo 8
Nos versos de número 29 e 30 do capítulo anterior, Krishna Se valeu de complexa terminologia para explicar os pontos filosóficos que julgava pertinentes. Devido a isso, Arjuna inicia o capítulo 8 pedindo que Krishna defina os seis termos utilizados, o que Krishna. Isso se dá nos versos de 1 a 4.
Arjuna também deseja saber mais sobre uma sétima expressão, a saber, “a hora da morte”, a qual Krishna mencionou no último verso do capítulo anterior. É a esse tema que Krishna dedica a maior parte do capítulo 8, explicando que quem dedica sua vida a pensar nEle a todo momento, vendo-O em tudo, sem desvios, pode transcender os três modos da natureza material e alcançar Sua morada eterna. Essa descrição acontece nos versos de 5 a 16.
Nos versos de 17 a 22, Krishna contrasta o mundo material e o mundo espiritual, falando como o primeiro é ciclicamente criado e destruído, e como o segundo é alheio a essa realidade ora manifesta, ora imanifesta, sendo transcendente e sendo Sua morada pessoal, habitada somente por almas inteiramente puras.
Por fim, nos versos de 23 ao final, Krishna despe o serviço devocional puro das práticas mecânicas descritas principalmente no capítulo 6, dizendo que, enquanto os yogis devem deixar este mundo recorrendo ao domínio dos ares e de outros elementos do corpo a fim de que possam morrer em momentos calculadamente auspiciosos, o devoto simplesmente permanece fixo em devoção e depende de Krishna para que este faça todos os arranjos para o seu destino pós-morte ser inteiramente exitoso.
Capítulo 9
Krishna concluiu o capítulo anterior ensinando como alguém deve ser um devoto puro: não misturando práticas mecânicas às suas atividades devocionais, mas antes sempre trabalhando em uma postura de servo de Deus e dependendo unicamente dEle para sua promoção, à hora da morte, para o reino transcendental. Krishna, neste capítulo, desenvolverá o tema do que é ser um devoto completamente puro.
Nos versos de 1 a 3, Krishna discute a qualificação daqueles que podem receber esse conhecimento tão confidencial e tão puro, e a desqualificação daqueles que não o podem e, por consequência, têm de prosseguir nascendo e morrendo no mundo material.
Nos versos de 4 a 10, Krishna fala de todo o conhecimento dos poderes de Deus que é requerido aos devotos em devoção servil.
Como este capítulo tem por objetivo permitir que o ouvinte se torne um devoto puro, Krishna discorre com mais detalhes do que fez nos versos de 20 a 25 do capítulo 7 acerca das impurezas do impersonalismo e da adoração aos semideuses, os controladores setoriais deste mundo. Isso Ele faz nos versos de 11 a 25, rebaixando aqueles que se consideram unos com o Supremo, aqueles que O adoram na forma universal e os adoradores politeístas.
Krishna, então, nos versos de 26 ao final, canta as glórias do serviço devocional puro a Ele, descrevendo como o serviço devocional é simples, libertador e querido a Ele. Diz ainda que o devoto é tão querido a Ele que, mesmo se cometa alguns erros acidentais durante suas práticas, Ele os releva. Após dizer que não há importância o nascimento da pessoa ou suas qualificações materiais, sugere a rendição completa a Ele, a absorção completa da mente nEle, em consequência do que, garante, a alma devotada certamente retornará a Ele.
Capítulo 10
Este capítulo tem início uma vez que Krishna objetiva fornecer em detalhes o conhecimento de por que Ele é adorável, a fim de que Arjuna e os demais ouvintes da Bhagavad-gita possam cumprir com facilidade Sua sugestão no último verso do capítulo anterior: sempre pensar nEle.
Nos versos de 1 a 7, Krishna diz que quem se convence de Sua opulência e de Seu poder místico de ter uma origem insondável, uma vez que é a origem de tudo e todos, passa a adorá-lO.
Nos versos de 8 a 11, consta de forma muito sucinta toda a essência da Bhagavad-gita. No primeiro de tais quatro versos, Krishna fala sobre Seu imenso poder. No segundo, descreve quão dedicados a Ele são Seus devotos, uma consequência natural já indicada no verso anterior. No terceiro verso, Krishna diz como reciproca com tais devotos. E, por fim, no quarto verso, Krishna diz como Ele pessoalmente desperta a verdadeira inteligência do devoto, destruindo por definitivo a escuridão há tanto presente no coração dele.
Nos versos de 12 a 18, Arjuna dá o seu depoimento e diz que aceita Krishna como Ele Se descreve, e diz, a fim de que não pareça mero sentimentalismo, que o entendimento que ele desenvolveu acerca da posição de Krishna é confirmado por grandes sábios, inclusive Vyasadeva. Pede, então, humildemente, que Krishna fale mais acerca de Suas glórias, o que Krishna atende, enumerando, nos versos de 19 a 42, oitenta e dois exemplos de Suas opulências ilimitadas.
É importante atentar que, ao final dessa longa enumeração, Krishna diz que tudo o que Ele descreveu é mero fragmento de Seu esplendor infinito. A meditação proposta por Krishna, por conseguinte, não é uma meditação panteísta, haja vista que Krishna já criticou essa forma de meditação nos versos de 15 a 19 do capítulo 9. A meditação correta é esta: Se tão imensas são as belezas deste universo – como o Sol entre os luzeiros, o mar entre os corpos d’água, o Himalaia entre os objetos imóveis, Shiva entre os Rudras, Vishnu entre os Adityas – quão mais belo há de ser Krishna, a Divindade Suprema, se tudo isso é apenas uma centelha de Seu esplendor?
Capítulo 11
Uma das opulências enumeradas por Krishna destacou-se aos ouvidos de Arjuna, a saber, aquela descrita no último verso: Krishna como o mantenedor do universo. Maravilhado diante dessa opulência, e com o objetivo de estabelecer para a posteridade a posição excelsa de Krishna, Arjuna pede a Ele que lhe mostre Sua forma universal.
Nos versos de 1 a 7, Krishna ouve a solicitação de Arjuna, junto com mais um depoimento dele sobre seu entendimento pessoal, após o que fala brevemente acerca de Sua forma universal. Então, no verso 8, concede a Arjuna olhos divinos para que possa ver essa forma esplêndida.
Nos versos de 9 a 34, Sanjaya descreve a visão de Arjuna, que vê, nos versos de 14 a 19, tudo o que existe reunido em um só lugar; e, nos versos de 20 a 34, vê a forma do tempo eterno, a quem se dirige e é informado que todos ali no campo de batalha já estão mortos, e que ele é só um instrumento, motivo pelo qual não deve hesitar em lutar.krishna supremoNos versos de 35 a 46, Arjuna, trêmulo devido ao temor, ora a Krishna pedindo-Lhe desculpas por quaisquer ofensas que acaso tenha cometido e, por fim, solicita-Lhe que revele novamente Sua forma original.
Nos versos de 47 ao final, lemos como Krishna atende ao pedido de Arjuna e recolhe Sua forma universal, mostrando primeiramente Sua forma de quatro braços e, por fim, Sua forma primordial de dois braços. Conclui dizendo que Sua forma de dois braços como Krishna, a mais querida forma, somente pode ser vista pelos devotos puros.
Capítulo 12
Ao ouvir Krishna dizer expressamente no verso 54 do capítulo anterior que Ele somente pode ser conhecido como Ele é através do serviço devocional puro, Arjuna deseja ouvir mais sobre isso. Embora já estivesse evidente pelos comentários de Krishna em versos do capítulo 7 e 9 que a prática do serviço devocional a Krishna, Deus, é superior ao impersonalismo, o conceito de que Deus não possui forma ou de que aniquilamos nossa identidade após a liberação, Arjuna pergunta claramente o que é superior – adorar o impessoal ou o caminho da devoção – a fim de que não haja nenhuma dúvida sobre o assunto.
Nos versos de 1 a 7, Krishna explica como o caminho do serviço devocional é tanto superior como mais fácil, apesar de que não nega que os impersonalistas fatalmente também O alcançam.
Nos versos de 8 a 12, Krishna fornece métodos pelos quais alguém pode se tornar um devoto puro, oferecendo métodos de diferentes níveis para que pessoas em diferentes plataformas possam todas, gradualmente, chegar à posição de devoto puro.
Conclui, então, este pequeno capítulo descrevendo, nos versos de 13 a 20, as qualidades daquele que alcançou essa posição, assim como descreveu os atributos daquele acima da influência dos três modos da natureza nos versos de 22 a 25 do capítulo 14.
Capítulo 13
No capítulo anterior, no verso de número 7, Krishna disse que liberta do oceano de nascimentos e mortes todo aquele que se rende a Ele pelo processo do serviço em devoção. No capítulo 13, então, Krishna dissertará sobre como se dá tanto a libertação como o condicionamento.
Como no capítulo 8, Arjuna começa este capítulo, nos versos 1 e 2, pedindo a Krishna a definição de diferentes termos, desta vez em número de seis: a natureza, o desfrutador, o campo de atividades, o conhecedor do campo, o conhecimento e a meta do conhecimento.
Krishna, nos versos de 3 a 7, responde o que é o campo de atividades, o conhecedor do campo e o conhecimento. Nos versos de 8 a 12, desdobra o conhecimento e também fala sobre a libertação do ciclo de nascimentos e mortes. O que é a meta do conhecimento, a última pergunta de Arjuna, recebe resposta nos versos de 13 a 19, ao passo que a definição da natureza e do desfrutador aparece nos versos de 20 a 26.
Nos versos de 27 ao final, Krishna fala sobre a visão do conhecimento e sobre, nas palavras com que Ele mesmo resume no último verso, como é possível a alguém ciente da diferença entre o corpo e o ser, percepção esta adquirida pelo conhecimento, libertar-se do enredamento da energia material.
Este capítulo é comumente considerado pelos estudantes da Bhagavad-gita como um dos mais difíceis. Na obra Chaitanya-bhagavata, descreve-se que mesmo o líder dos devotos de Krishna nos séculos XV e XVI, Advaita Acharya, não conseguia entender um dos versos deste capítulo. Somente o pôde entender, narra-nos o Chaitanya-bhagavata, depois de jejuar e esperar que o próprio Krishna lhe esclarecesse o significado do verso. Devemos entender, portanto, que é necessário dedicarmos especial atenção à leitura deste capítulo a fim de que possamos assimilar com sucesso o seu conteúdo.
Capítulo 14
Krishna já mencionou os três modos da natureza material diversas vezes ao longo do diálogo com Seu amigo e devoto, como nos versos de 12 a 14 do capítulo 7, e no verso 27 do capítulo 3. Como fez nova menção aos mesmos no capítulo anterior, no verso de número 22, e porque o assunto de libertação e condicionamento torna isso muito propício, Krishna decide descrever em detalhes o que são os três modos da natureza material e como atuam.
Nos versos de 1 a 4, Krishna glorifica o conhecimento que começará a transmitir e diz como é através dEle que a energia material é povoada. Nos versos de 5 a 9, Krishna explica que o condicionamento das almas se dá pelos três modos, que as prendem como cordas, e apresenta as definições básicas da tríade.
Nos versos de 10 a 13, explica, então, que as almas são ora encobertas pelo modo da ignorância, ora pelo modo da paixão, ora pelo modo bondade, e ensina como podemos reconhecer, por diferentes sinais e sintomas, qual é o modo que atua sobre nós ou sobre outras pessoas em determinados momentos.
A preocupação de Arjuna já exposta por ele desde o capítulo 1, em relação às reações que nos atam a este mundo, é exposta nos versos de 14 a 18, que mostram as consequências das ações em cada um dos três modos.
Finalmente, nos versos de 19 ao final, Krishna diz como a pessoa pode situar-se e agir fora da jurisdição dos três modos e consequentemente não ter de renascer nem nos planetas inferiores, nem nos planetas intermediários e nem nos planetas celestes. Supera essa influência tríplice aquele que se ocupa em serviço devocional pleno, como já discutido pormenorizadamente nos capítulos de 7 a 12. Assim, a pessoa alcança a plataforma Brahman, cuja origem é Krishna.
Este último verso, em que Krishna diz ser a origem do Brahman, é significativo. Há leitores da Bhagavad-gita que sugerem que Krishna é o símbolo de algo, comumente o símbolo do Brahman, da inteligência ou da totalidade do cosmo. Porém, tais leituras não são possíveis se considerarmos que, no último verso deste capítulo, Krishna diz ser a base do Brahman. No capítulo 7, verso 4, Krishna afirma que a inteligência é uma energia Sua. No capítulo 11, também vimos como Arjuna pede a Krishna que recolha Sua forma universal e mostre Sua forma original, a forma de dois braços. Deste modo, Krishna, em Seu aspecto pessoal, deve ser entendido como a fonte de tudo, como Ele mesmo declara no verso 8 do capítulo 10, e não como o símbolo de algo inferior.
Capítulo 15
No verso 26 do capítulo anterior, Krishna disse que quem presta serviço devocional sem falha em circunstância alguma transcende sem demora os três modos. Para obter essa devoção, é preciso desapegar-se do mundo, daí Ele começar o capítulo explicando o mundo material, o que faz Se valendo da imagem de uma figueira-de-bengala. Este ensino de desapego do mundo e conhecimento acerca dEle junto do serviço devocional também é bastante compreensível se considerarmos a declaração de Krishna no verso 5 do capítulo 5, no qual Krishna disse que o desapego do miserável mundo material e o apego a Ele são equivalentes.
Nos versos de 1 a 5, Krishna expõe a teologia de que o mundo material é um reflexo pervertido do mundo espiritual e afirma ser preciso desapegar-se do reflexo a fim de poder reingressar no mundo espiritual. Esse entendimento do reflexo também combate a ideia de que Krishna é um conceito antropomórfico – ao contrário de Krishna ter uma forma humana pelos homens projetarem seus atributos em Deus, Deus sim projetou em nós Sua forma, Suas qualidades etc. em caráter diminuto.
Nos versos de 6 a 11, Krishna fala sobre como é apropriado o desejo de retornar ao mundo espiritual e sobre como as entidades vivas vagueiam pelo mundo material por diferentes corpos até que o façam. Essa transmigração é algo claramente entendido pelos transcendentalistas, mas ignorado pelos homens comuns.
Krishna, nos versos de 12 a 15, diz como torna possível que os corpos das almas condicionadas sejam mantidos por Ele através da manutenção do cosmo e dos corpos; como mantém o processo transmigratório dessas mesmas almas dando-lhes a lembrança, o esquecimento e o conhecimento entre as diferentes vidas; e como, através do fornecimento do Vedanta, a conclusão das escrituras, propicia-lhes os meios necessários para que se libertem do ciclo de nascimentos e mortes.
Então, nos versos de 16 a 18, estabelece que as almas existem em duas categorias: as almas condicionadas, que vivem neste mundo material, e as almas libertas, que vivem no mundo espiritual. Krishna Se coloca em uma categoria acima até mesmo das almas libertas, contradizendo a teoria monista, ou impersonalista, que diz que, na transcendência, Krishna e a alma são unos.
Nos 2 versos finais, Krishna enaltece o conhecimento que acaba de transmitir e diz que aquele que recebe semelhante conhecimento quererá adorá-lO, como uma consequência natural.
Capítulo 16
No verso 2 do capítulo anterior, Krishna disse que a figueira-de-bengala, a analogia do mundo material, possui galhos que sobem e galhos que descem. O significado dessa afirmação é que há modos da natureza que promovem a elevação da alma, e outros que promovem sua degradação. Neste capítulo, Krishna discorre sobre a bipolaridade sob o nome de qualidades divinas e qualidades demoníacas.
Nos versos de 1 a 6, Krishna lista ambas as classes de qualidades, as divinas e demoníacas, respectivamente em número de vinte e oito e em número de seis. As qualidades divinas, Krishna diz, conduzem à liberação, ao passo que as qualidades inversas perpetuam o cativeiro da alma no mundo material.
Embora Krishna já houvesse falado no verso 4 deste capítulo que Arjuna nascera com as qualidades divinas, Krishna decide descrever as qualidades demoníacas detalhadamente a fim de garantir a Arjuna que ele não se enquadra nessas qualidades baixas, como poderia pensar erroneamente. Essa vivaz descrição dos atos, palavras e pensamentos daqueles sob o domínio da natureza demoníaca é registrada nos versos de 7 a 20.
Uma vez que as qualidades demoníacas fadam a alma a muitos sofrimentos infernais, toda pessoa sã ciente desse fato desejará se afastar de tais qualidades, as quais Krishna diz serem como portões para o inferno. Nos versos de 21 ao final, portanto, Krishna incentiva todos aqueles que querem ser felizes que realizem atos que conduzem à perfeição e ao destino supremo conforme prescrevem as escrituras sagradas.
Capítulo 17
Este capítulo é mais um em que Arjuna inicia com uma pergunta a Krishna. No verso 1 do capítulo anterior, Krishna apresentou o estudo escritural como uma das qualidades divinas e, até o verso 3, descreveu as qualidades prescritas nas escrituras sagradas. Ao final do capítulo, no verso 23, qualificou os indivíduos demoníacos como aqueles que rejeitam as escrituras e agem segundo seus próprios caprichos. A dúvida levantada por Arjuna, então, é: Qual é a posição daqueles que têm fé em algo que não é escritural?
Nos versos de 2 a 6, Krishna responde que aquele cuja fé não é escritural poderá ter três tipos de fé, conforme o modo da natureza material que o governe. Então, nos versos de 7 a 22, Krishna aponta as qualidades dos três modos também nos hábitos alimentares, nos sacrifícios, nas austeridades e nos atos caritativos. Essas exemplificações dos modos materiais nas atividades e escolhas das entidades vivas muito nos ajudam a visualizar as descrições mais abstratas dos três modos fornecidas no capítulo 14.
Nos versos de 23 a 28, então, Krishna conclui apresentando a Arjuna a definição da tradicional expressão Om Tat Sat e diz que sacrifícios, caridade e penitência realizados sem fé no Supremo, sem um objetivo superior, são inúteis, o que é um convite a que adotemos diretamente a consciência de Krishna, em vez de optarmos por algum roteiro de purificação gradual.
Capítulo 18
Um tema muito recorrente na Bhagavad-gita é a renúncia, dado que esse tema foi cogitado por Arjuna, ao começo da obra, como uma possível solução para evitar a luta e supostas reações pecaminosas decorrentes da luta. Dado que no verso 25 do capítulo anterior, Krishna disse que o propósito da execução de diferentes atividades religiosas é livrar o sujeito do enredamento material, Arjuna traz novamente à tona o assunto a fim de que o mesmo seja concluído.
Nos versos de 1 a 12, Krishna defende que um verdadeiro renunciante não renuncia seu trabalho, mas sim os frutos do mesmo. Conclui Krishna, então, que a posição renunciada e a ordem renunciada são unas.
Citando o Vedanta-sutra, a famosa obra de Vyasadeva, cujo comentário mais importante é o do próprio Vyasadeva, o comentário de nome Srimad-Bhagavatam, Krishna esquadrinha as ações como consequentes a cinco fatores, entre os quais o mais importante é a Superalma presente no coração de todos. Tal estudo, que figura nos versos de 13 a 18, tem por objetivo nos ensinar como podemos agir sem nos enredarmos.
Em seguida, tornando este capítulo o mais dedicado a exemplificações dos três modos da natureza, Krishna, nos versos de 19 a 40, Se dedica a apontar como as atividades nos mencionados cinco fatores são ditadas pelos três modos da natureza material.
Nos versos de 41 a 66, Krishna descreve como todos podem servi-lO com suas aptidões e reitera como o serviço a Ele é a ocupação livre de reações.
Os versos 65 e 66 são os últimos versos da Bhagavad-gita. No primeiro, Krishna apresenta conclusivamente, entre todos os processos de religião, Sua predileção pelo serviço devocional puro, e pede a Arjuna que se situe em tal processo. No verso seguinte, a fim de que não fique nenhuma dúvida de que apenas o serviço devocional deve ser adotado, diz que toda outra forma de religião deve ser abandonada, a saber, o trabalho fruitivo, a especulação filosófica e as práticas mecânicas do yoga. Krishna garante a Arjuna que, caso se renda da forma solicitada, o livrará de todas as reações pecaminosas.
Interessante notar que, no verso 65, Krishna diz a Arjuna que ele deve se render como um devoto, após o que diz a Arjuna que deve abandonar todas as outras formas de religiosidade. Depois de sugerir esse abandono, Krishna reitera o processo do serviço devocional ao dizer: “Renda-se unicamente a Mim.” Algumas vezes, lemos e ouvimos pessoas dizerem que o serviço devocional é um meio que deve ser abandonado em determinado momento da vida em busca da autorrealização a fim de que se adotem as práticas de austeridade, estudo escritural especulativo ou meditações monistas. Essa leitura, contudo, é impossível na Bhagavad-gita, que é uma obra essencialmente devocional. Sua conclusão nestes dois últimos versos é clara.
Nos versos de 67 a 71, Krishna fala sobre a divulgação da Bhagavad-gita: quem é qualificado para receber esse conhecimento, como Lhe é querido o pregador e quais são os benefícios para quem estuda e ouve Seu diálogo com Arjuna.
No verso 72, Krishna pergunta a Arjuna se ele foi capaz de entender completamente o significado de Sua canção, disposto a ensinar toda a Bhagavad-gita novamente a Arjuna caso necessário. O verso 73 registra a última fala de Arjuna, que diz estar livre da ilusão, com a memória recobrada e pronto para agir conforme a vontade de Krishna.
Nos versos de 74 a 77, Sanjaya revela sua gratidão a seu mestre espiritual, Vyasadeva, que lhe permitiu ouvir a Bhagavad-gita. Sanjaya também deixa transparecer em tais versos bastante de sua devoção a Krishna.
No último verso, enfim, Sanjaya responde à pergunta implícita no primeiro verso de toda a Bhagavad-gita. O rei cego, Dhritarastra, desejava saber se seu filho, Duryodhana, seria capaz de vencer o exército rival, onde estavam Krishna e Arjuna. Sanjaya responde francamente: “Onde estejam Krishna e Arjuna, ali estará a vitória.”


AURA


A AURA é a manifestação conjunta do corpo, da alma e da mente dos seres humanos, que se revela em torno de nos em forma de luz. Os raios cósmicos entram pelo lado esquerdo - de polaridade negativa - num sentido ascendente, sobem pelo lado direito - positivo - e permanecem em constante circulação. 
 Uma simples mudança de pensamento altera a cor de nossa aura. Quando está carregada de energia negativa, pode envenenar a atmosfera do individuo, bem como seus objetos de uso pessoal, sua casa, o ambiente de trabalho, e deixa. um rastro de impurezas ao longo de um percurso feito.
É na aura que tudo começa em nossas vidas. Uma doença, por exemplo, instala-se primeiro em nossa aura.
A aura é constituída de células astrais minúsculas, onde tudo pode ser gravado.
 
Etimologia: lat. aura, - 'vento brando, brisa, o ar, sopro, hálito, brilho.

- Suposta manifestação de substância etérea que irradia de todos os seres vivos, somente perceptível por pessoas de sensibilidade especial.
A AURA não é um corpo, é a manifestação energética de um determinado corpo.Ela foi estudada nos anos setenta pelo físico russo Samuel Kirlian, que inventou a kirliangrafia, que não é nada mais que a fotografia da nossa aura. Através dela pode-se detectar visualmente que todo ser humano representa um gerador de energia que produz um campo energético.A aura é constituída por quatro campos, quatro camadas:
  • aura da saúde física
  • Aura astral ou emocional
  • aura mental
  • aura do corpo etérico


Existe uma correlação entre o estado geral de corpo-mente-alma de uma pessoa e seu corpo vibratório. Danos à alma, tensão e fraquezas físicas tornam-se perceptíveis, antes mesmo de se manifestarem em você, tais como depressões, fadigas e doenças. Quem passa por uma perda de um parente querido, por exemplo, terá chances de se recuperar mais rapidamente se seu campo energético estiver equilibrado. Uma das maneiras para deixá-la em perfeito estado é tomar o banho de água com sal.Antes de tudo, devo esclarecer a essência da aura. Todos os pensamentos e atos humanos pertencem ao bem e ao mal. A espessura da aura é proporcional à quantidade de pensamentos bons e maus. Internamente, quando uma pessoa pratica o bem, sente uma satisfação na consciência. Esses pensamentos se convertem em luz, somando-se a luz do corpo espiritual. Quando, ao contrário, os pensamentos e atos sãos maus, estes se convertem em nuvens do corpo espiritual.
Externamente, quando se faz o bem aos outros, os pensamentos de gratidão das pessoas beneficiadas também se convertem em luz. Transmitidos através do fio espiritual para a pessoa que praticou o bem, aumentam a luz desta. Quando, ao contrário, a pessoa recebe transmissões de pensamentos de vingança, ódio, ciúme ou inveja, suas nuvens aumentam. Por isso, é preciso praticar o bem e proporcionar alegria aos outros, evitando provocar pensamentos de vingança, ódio ou ciúmes.
Para assegurar a boa luminosidade de sua aura todo cuidado é pouco. Ciúme, raiva, ódio ou inveja podem atuar negativamente sobre o equilíbrio dos campos energéticos. O primeiro passo é combater as situações de estresse com constantes exercícios de relaxamento, caminhar todos os dias pela manhã (se possível por vinte minutos), e viver situações que salientem o seu lado alegre.  

                           AS CORES E SINAIS

Esse é um dos pontos mais polêmicos da Leitura da Aura. A leitura da aura, é precisa, mas a divulgação de interpretações variadas faz com que as pessoas tenham várias informações de uma determinada cor. As cores não são estáticas, possuem nuances, transformações, formas, brilho e tonalidades além de combinações com outras cores. Devida a infinidade de nuances, cabe pedir as pessoas que parem de dizer:” Essa cor significa tal coisa ...” – Isso é querer simplificar e acaba gerando contra-sensos. Outro detalhe que deve ser observado é classificar uma cor como NEGATIVA. Uma cor não é negativa por si só. Existem nuances, limpidez, tonalidades que devem ser levadas em considerações na hora de uma leitura.
Exemplo: O vermelho poderá sinigficar espírito de liderança como cólera. Portanto cuidado com as tabelas sobre as cores das auras.
Obs: Conforme o grau que o clarividente usa, pode-se perceber as auras gradativamente. Conforme o treino pode-se perceber só a aura etérica, ou só a astral e assim sucessivamente as outras.

                          CAMPOS DE ATUAÇÃO

Na psicologia, pode servir para alertar aos coléricos, ansiosos, nervosos, sobre uma conduta errada, até inconsciente.
Para diagnosticar doenças, ver bloqueios energéticos, parasitismo, perceber as Larvas astrais, mecanismos de doenças penetrando pelo astral e chegando até o etérico e penetrando no corpo físico.
É preciso salientar que o corpo etérico é uma cópia fiel do corpo físico, para um coração físico, possui um coração etérico, nos outros corpos esta cópia não é colocada em termos de cópias como entendemos, existe na realidade um aglomerado energético, ligados aos órgãos etéricos. Esses aglomerados são embriões dos órgãos etéricos e físicos. Quando o corpo físico deixa de existir, o corpo astral recria automaticamente um corpo análogo idêntico, por uma questão de necessidade, essa reação é em cadeia e feita imediatamente após a morte.
Não são os olhos físicos que percebem a aura, mas o nervo ótico. As glândulas responsáveis são pineal (efífese) e pituitária (hipófise).

                                      SINAIS
Para os que veem e leem a aura humana, se não tiver a tecnicalidade de avaliar e interpretar, de nada valerá o seu dom. Além das cores cuja complexidade é imensa, ainda tem os SINAIS e as FORMAS de pensamento. Portanto cores justapostas, sobrepostas não é o suficiente para uma leitura, é preciso o reconhecimento.

                                PROTUBERÂNCIAS

Há zonas do corpo onde existem excrescências acinzentadas, trata-se de estagnações energéticas, ou seja resíduos da energia vital no qual o corpo não conseguiu expelir, se desfazer naturalmente. Obesos que não praticam exercícios possuem na área do chacra umbilical verdadeiras massas protuberantes de um cinza. A presença dessa anomalia, não permite a livre circulação do prana. Sensações de contrações, dores de cabeça, nas articulações do corpo é notado essas excrescências, cotovelo, punhos, ombros, na parte detrás dos joelhos, na virilha, na cintura. Uma excrescência positiva, é vista numa cor azul prateado, entre os olhos, coração, na garganta ou orelha indício de vidência tais como clarividência, clariaudiência, mediunidade.

                                      CAVIDADES

A visualização de cavidades ou “buracos” na radiância etérica é objeto de preocupação, é sinal de que não existe energia no lugar, de espécie alguma, em casos graves pode levar a falência de órgãos conforme a cor que circunda, como exemplo ataque cardíaco. Mas a existência de uma fratura, pode acusar uma falha em forma de buraco.
Porém na maioria dos casos, é má circulação no local e massagem, acupuntura (reenergização dos nádis), reiki no local afetado.

                                      FUGAS

Paralelamente aos “buracos” na aura etérica, você aprenderá fugas de energias vitais, como se fosse uma fumaça saindo de uma chaminé, semelhante a um gêiser, trata-se de uma perda energética, perda de FORÇA quando essa fuga é da cor acinzentada ou branco sujo. Se for nos chacras e colorido de uma cor viva, principalmente nos chacras magnos esplênico e laríngeo é nos grandes pés e palma das mãos, é um ato expelidor normal.
Mas não sendo nestes locais, pode-se dizer que é uma perda e deve ser cuidado para não produzir agravamentos, pois enquanto forem fissuras, brechas, podem ser cuidadas e tratadas (mais perceptíveis com o corpo visto de perfil).

                                   MANCHAS
As manchas são sempre sinais de desequilíbrios, uma mancha é em geral escurecida, fora de foco, em forma de nuvem. Nos casos etéricos essas nuvens difusas acinzentadas podem indicar má-digestão quando na região do estômago, quando de um cinza escurecido é um problema já crônico de proporções enraizadas como úlceras gástricas, vesícula biliar entupida, cálculos renais.
As manchas são conhecidas mais popularmente como BLOQUEIOS energéticos.

                                  NERVURAS 

São sinais de desordem e variam do cinza até o vermelho marrom escuro. Começo de um problema maior fase ideal para combater um mal maior como uma fuga ou cavidade.

                       CLARÕES E CENTELHAS

Os clarões são manifestações astrais e mentais, raramente se vê no plano etérico. Por isso está ligado aos sentimentos, como raiva momentânea, alegria rápida, gargalhada, descoberta de uma resposta desejada.
Já as centelhas ou faíscas etéricas rosadas podem denotar infecção (inflamação) conforme a cor, já na aura emocional um vermelho podem denotar problemas financeiros.

                        FORMAS-PENSAMENTO

As formas pensamentos geram diversas formas no ar, sempre de natureza astral e mental podemos ver acima das cabeças humanas, triângulos, quadrados, caixas, lanças, relâmpagos, esferas, seres, formas ectoplásmicas, podem durar segundos e as ideias fixas alimentam formas que geram um círculo vicioso. Alimentada pela preocupação e a raiva podemos bater na mesma tecla dando origem a uma forma fixa, que pode durar horas, dias, meses e até anos em alguns casos mais graves.

                         NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA

Cada aura é um reflexo de uma consciência especificada. Isto significa dizer que cada aura é o espelho de uma consciência, da alma ou espírito humano. Cada corpo é uma parcela do homem, e ele vive de acordo com sua evolução.
Os seres humanos em sua grande maioria vivem no nível de sua consciência astral, isto quer dizer que a maioria dos seres humanos vive pelas emoções, impulsos, não usando a reflexão em seus atos. Comparando esses níveis a um ser poderíamos dizer que o ser humano evolutivamente vive entre a infância e a adolescência.
As manifestações mentais e causais no homem normal, está no estado embrionário.
Quanto a maturidade física em termos físicos, emocionais, mentais e intelectuais, é atingida só aos vinte e um (21) anos, porque a cada sete ano um corpo sutil se forma. O corpo etérico e astral se completa dos sete (7) anos até os catorze (14) anos, os outros corpos estão sob forma de germes e vão se desenvolver conforme a vida que levará o ser humano (21 anos o mental).

                                OUTROS CORPOS

Do fragmento de uma rocha, vegetal, insetos e animais e todos os elementos básicos da natureza, tudo possui sua aura. Um sopro de energia é exalado por tudo que existe no universo.
Portanto é de se observar que a aura de uma pedra é apenas etérica, de um vegetal etérica mais sutilizada , já os animais irracionais começam a criar uma aura astral conforme a espécie, as colônias de insetos por exemple a aura é coletiva, porque o espírito é coletivo, são emanações vinculadas ao um centro. Um animal já é dotado da consciência de sua existência, da noção de pertencer a um grupo, mas é um saber instintivo, que não lhe permite fazer abstração.
Nos animais mais próximos dos homens, os domésticos, o papel do ser humano, é fundamental para ajudar na evolução, na criação de uma consciência, através do carinho, do amor. Aliás o amor é a chave mestra da evolução.

  POR QUE LER A AURA?
 
                             CONSCIENTIZAÇÃO
A leitura da aura envolve um problema ético, não deve ser considerado um PODER. Não deve ser instrumento para dominar e sim para servir ao próximo.
Por isso a pergunta: Por que e para que ler a Aura? – Para ajudar ao próximo, nas suas deficiências e fraquezas. Não para descobrir intimidades que se estão ocultas, cabe a quem as oculta torná-las públicas usando o seu pelo livre-arbítrio.
Neutralidade é uma regra de ouro para quem LÊ a aura.
   
   
  As Cores e seus significados

Branco = Pureza, Imaculado, Infecundidade, transmutação
Amarelo = Trabalho com o Cristo, proveito, forças do Cristo cooperando na ascensão, há de haver esforço.
Azul = Amor, Satisfações, Saúde, Arrependimento, Lucidez.
Rosa = Bons Sentimentos, harmonia, Carinho.
Cinza= Temor, Angustia, Medo, indecisão, covardia.
Violeta ou lilás = Renúncia e espiritualidade máxima, Amadurecimento espiritual.
Verde = penetração a dentro de si, auto observação, Esperança, muitos segredos serão revelados.
Vermelho = Paixão, Ardor, Luxúria, intensidade, infra dimensões, involução.
Escarlate = Tragédias, Violência, Ira. Traição.
Preto = Negativo, fracassos, Loja negra, forças sinistras.

                                          AZUL
Pessoas - Indica paz interior, harmonia, saúde e equilíbrio, bem-estar e autoconfiança. Geralmente se manifesta com maior intensidade após o ato sexual satisfatório e durante o sono.
Animais- É sinal de felicidade e de satisfação com o tratamento que vêm recebendo do dono.
Plantas - Indica propriedades tranquilizantes e analgésicas.
Objetos - Pode ser interpretado como uma emanação de fluidos positivos.
De uma maneira geral o azul sugere paz, mas a complexidade está na tonalidade e nas misturas.
A azul celeste: - Quando vivo, testemunha uma grande honestidade e um temperamento agradável. Principalmente quando ele constitui a cor básica da aura astral ou pelo menos ocupa a parte superior do corpo.
Porém quando a azul se torna pálido o seu dono se interioriza em demasia, tendo como defeito uma timidez exagerada. Quando o claro e metalizado, a pessoa tem tendência a ser influenciada, simples focos desta cor simboliza indecisão. O azul Lavanda, inclina a meditação, a prece, a interiorização, se salpicado com amarelo fosco quer dizer recato e virtude afetada. Acompanhado do rosa vivo quer dizer piedade excessiva.
O azul escuro, são das pessoas voluntariosas, porém raramente aparece em toda a aura, mais encontrada na parte superior, próxima ao chacra coronário e são das pessoas trabalhadores incansáveis. Quando esta cor se mistura com o vermelho carmim denota TEIMOSIA. Obstinação, quanto maior a incidência desse vermelho, menos escrúpulos terá essa pessoa.
A presença do cinza perto da cabeça, denota falta de coragem, pessimismo. Quando esse cinza for para o amarelo ocre a tendência a desconfiança.

                                     ROSA
O ROSA é sempre a falta de maturidade, a cor da infância, da vontade de brincar, rir. Sempre encontrada em crianças, adolescentes. Sempre encontrada em crianças, adolescentes. Nas auras coletivas o ovo áurico do grupo de ri e conta piada, brinca e dança o ROSA se faz presente, quando a brincadeira se torna agressiva tons de vermelho se fazem presente. Quando o amarelo acidulado se faz presente o egocentrismo também. O cinza com fagulhas de azul frio e escurecido, o medo se faz presente. Isso não quer dizer que devemos fugir do rosa, porque a alegria o contentamento produzem tons rosas nas auras e esse sentimento deve sempre ser cultivado.
 
                                      CRISTAL

Pessoas-Indica dons telepáticos, poder de cura, paranormal idade, pureza e bondade. Costuma se manifestar com maior força nas mãos de massagistas que lidem com cura.
Animais- É sinal de capacidade de adaptação
Plantas-Tanto pode significar positividade quanto falta de vigor e venerabilidade.
Objeto-Expresso o poder de receber e emanar energias

                                 DOURADO

Pessoas - Indica espiritualidade elevada e prosperidade. Ela surge com amis intensidade na região do tórax, pois esta associada ao amor.
Animais-Expressos felicidade.
Plantas - Simboliza a suavidade e fluidos positivos.
Objetos-Mostra que foram tocados por uma pessoa bem intencionada
                                   LARANJA

Pessoas - Indica capacidade de realização, sensualidade, bia saúde, versatilidade e dinâmica.
Animais- É sinal de manifestação dos instintos (fome, sede, desejo sexual).
Plantas - Indica a produção de sementes e flores.
Objetos-Expressos um grande potencial energético (é comum em sinos e objetos religiosos em geral). 
Significa ATIVIDADE, pois une duas potências o amarelo + vermelho, atesta o lado prático, vamos deixar de firulas e partir para a realização. Ação física, dinamismo.
É a cor da boa vontade ativa,da lealdade. É o signo de uma espiritualidade concreta na vida cotidiana. Porém quando esse laranja se suja com ferrugem a preguiça se torna evidente. Com amarelo pálido junto o desinteresse, como verde garrafa escuro revela o rancor.

                                   AMARELA

O amarelo alaranjado denota grande espiritualidade, muito elevada. É a cor da sabedoria, do ideal e da ação luminosa.
O amarelo Limão já denota a razão e o discernimento, sempre levando em consideração que o amarelo por si mesmo revela atividade cerebral. Podendo por isso gerar machas de vermelho fosco o que revela ideia fixa. O amarelo pálido, revela vacilação, quanto mais próximo de um amarelo esbranquiçado acinzentado revelando a inatividade e a indecisão. Quando chamas de ferrugem aparecem revelam a covardia. Quando povoadas por manchas marrons revelam o materialismo e com o verde-cáqui revelam o egocentrismo.
Quando o cinza-antracito e a ferrugem aparecem essa alma produz pensamentos com essas cores, significa o desequilíbrio, pouco digna de confiança, extrema versatilidade para criar mentiras, diplomata em suas relações.

NUCA LUMINOSA: Para concluir deve-se observar em todos os seres humanos na região da nuca que toda a aura exala um amarelo de média intensidade formando uma meia-lua em forma de nuvem, isso simplesmente é o ato de pensar, se concentrar, se preparar para uma prova. Porém em determinadas pessoas essas cores são explosivas com raios, centelhas de cores brancas e amarelos vivos, quando existe uma atividade intelectual. É na sua superfície que as formas-pensamento se manifestam.


                                      VERDE

Pessoas - Indica saúde e vigor. Esse tom costuma aparecer com mais intensidade na região da cabeça, pois esta acossada a atividade mental
Animais-Indica mansidão
Plantas-Demostra a emissão de forte ondas de energia positiva, sendo muito comum nos vegetais dotados de propriedades curativas.
Objetos-São uma autentica fonte de passividade. Costumam apresentar este tom depois de terem sido tocados por uma pessoa que esta de bem com a vida.
O verde é a mistura do amarelo com o azul, portanto a atividade + vida interior, desviada para ajuda ao próximo.
O verde vivo, denota a escolha para um caminho interior que acaba abrindo-se ao próximo.
O verde-Maçã: De um ponto de vista global, denota-se a capacidade de doação aos outros. É a cor do dom para a medicina, para a cura, na educação, quando um azul celeste se junta a ele, a sinceridade, a autenticidade se junta a ele.
 O verde elétrico quando se estende pelos braços até o chacra da palma das mãos, traz consigo a certeza do magnetismo, da cura pela imposição das mãos. As mãos etéricas e/ou astrais verdes são mais purificadoras e reenergizantes. Jardineiros ou pessoas que tem a mão boa para o plantio, possuem essa aura nas mãos. O azul elétrico junto indica coragem indo até o sacrifício, comum em enfermeiros tenazes com seus pacientes.
O verde esmeralda, a cor dos curandeiros (grandes médicos), terapeutas, agem indiferentemente do seu ganho material. Age tanto na medicina da alma como a física.
Porém quando o verde perde a força e fica pálido tende a hipocrisia, junto com o amarelo fraco e fagulhas de ferrugem.
Quando atravessado por faixas luminosas de vermelho de média intensidade denota equilíbrio, responsabilidade, ação determinada. O verde tília denota morosidade.
O verde esmeralda, a cor dos curandeiros (grandes médicos), terapeutas, agem indiferentemente do seu ganho material. Age tanto na medicina da alma como a física.
Porém quando o verde perde a força e fica pálido tende a hipocrisia, junto com o amarelo fraco e fagulhas de ferrugem.
Quando atravessado por faixas luminosas de vermelho de média intensidade denota equilíbrio, responsabilidade, ação determinada. O verde tília denota morosidade.

                               VERMELHO

Pessoas-Indica vitalidade, excitação, coragem e forte energia sexual, porém se estiver concentrada em um determinado ponto, pode ser algum sinal de distúrbio.
Animais-Exprime extinto e vigor.
Plantas-Está associada ao crescimento.
Objetos-Indica que eles foram tocados por alguém que estava entusiasmada ou ansiosa e que os deixou empreguinados de energia.
O vermelho é uma cor que mais se presta a interpretações errôneas. O vermelho vivo é sinal de dinamismo, quando o encontramos em faixas vaporosas em torno da cabeça, esse dinamismo é de temperamento e não físico, o físico usa a mesma cor, porém localizado ao longo dos membros e na cintura.
Porém como forma de nuvens em todo o corpo, mostra uma personalidade forte, porém com crises de humor, principalmente se mostrar feixes desiguais na região craniana. Centelhas de um vermelho muito intenso é ansiedade, mais fraco tendendo para um rosado indicio de nervosismo.
O vermelho Carmin mostra força de comando, liderança, principalmente se este vermelho estiver em forma de brumas na forma superior do corpo, e será ativa se a cor tomar forma de raios luminosos. Uma superabundância desse vermelho na aura denota autoridade abusiva e se tiver leves traços do cinza antracito teremos o quadro de uma pessoa déspota.
De qualquer forma o vermelho muito escuro, situado na fronte e em cada lado da nuca põe em evidência a cólera. Quando o cinza a ele se acrescenta temos um quadro de impulsos de violência. A emanação de uma energia deste porte, pode criar uma brecha no etérico e vir a causar doenças psíquicas.
A presença do Vermelho Tijolo ou ferrugem na radiância astral,denota a avareza, egoísmo. Um vermelho amarronzado, quando presente num órgão do corpo(como uma mancha) revela a formação de um câncer. Portanto é preciso ter cuidado na leitura, sempre lembrando que a doença se manifesta nos corpos mais sutis e vai descendo gradativamente até o físico.
A prática tem demonstrado que os cânceres nascem no plano mental, portanto a Aura do corpo Mental vai apresentar essa mancha, mas como é sabido não existe um fígado específico no corpo mental, o que dificulta a leitura precisa a não ser que o clarividente tenha muita prática.
Porém essa mancha vai se formar na Aura Astral no devido órgão atingido e isso pode levar meses e até anos. O processo pode ser interrompido se a pessoa mudar atitudes.
Outros vermelhos vivos, denotam orgulho, com o amarelo denota vontade de agradar, pode-se notar que o orgulho quando levado a um excesso se torna prejudicial, da mesma forma a vontade de agradar excessiva pode virar hipocrisia, e tudo é demonstrada pelas tonalidades e misturas. Notem a complexidade de ler e interpretar uma aura. É preciso ler centenas para começar a entender e aprender sem cometer gafes.

                                        VIOLETA

Pessoas-Expressão de poderes mediúnicos, capacidade de compreensão, saúde e mente equilibrada.
Animais-Satisfação e felicidade.
Plantas-Sinal de uma força positiva.
Objetos-Indica uma forte concentração energética, e geralmente se manifesta depois que o objeto foi tocado por uma pessoa espiritualmente evoluída.As cores mais raras de ser encontrada no estágio atual da humanidade, pois é a cor da espiritualidade elevada ativa nos seres de luz. O azul e o vermelho na sua pureza produzem o violeta. Próximo ao amarelo alaranjado porém denota maior profundidade a meditação.
Porém é encontrado nas pessoas feixes, fagulhas, salpicados dessa cor. As pessoas que carregam esses aspectos possuem o misticismo, quando salpicado de amarelo e violeta, denota alta intelectualidade e espiritualidade ao mesmo tempo.
O violeta pálido e ou lilás, revela um interesse menor a religiosidade.
Porém quando acompanhado de nuvens ou nuances cinzas, indicam um dom prejudicado pela falsa devoção, muito comum nas pessoas que exploram a fé dos outros, sempre pensando no seu bem comum, dinheiro e exploração.
Conforme a tonalidade do cinza ou até existir mais cinza do que o lilás pálido poderá chegar a ingenuidade, crença fácil em milagres e outras ondas místicas.


                                     LARANJA

Significa ATIVIDADE, pois une duas potências o amarelo + vermelho, atesta o lado prático, vamos deixar de firulas e partir para a realização. Ação física, dinamismo.
É a cor da BOA VONTADE ATIVA, da lealdade. É o signo de uma espiritualidade concreta na vida cotidiana. Porém quando esse laranja se suja com ferrugem a preguiça se torna evidente. Com amarelo pálido junto o desinteresse, como verde garrafa escuro revela o rancor.

                                      BRANCO 

O branco é a cor da pureza, porém é a gama de várias cores em circulação constante produz o branco. Dentro das leituras das aura o branco cristalino é o símbolo da pureza . Porém tem o branco pesado, leitoso, que significa falta de ideias, pessoa mal resolvida, que procura a si mesmo, insatisfação, o branco por falta de luz. O branco cristalino com dourado, é Crístico, búdico.

                                   PRATEADA

O indivíduo de aura prateada é um curandeiro natural. Utiliza energia para transformar luz em raios que curam. É o meio ou o canal por onde a cura passa. Consegue aumentar seu poder pessoal, físico, a ponto de poder limpar as mentes e as almas, para que a cura seja possível.
Seu maior desafio é aprender a lidar com esse dom de curar. A fim de não chamar a atenção sobre si, o indivíduo de aura prateada se torna o camaleão do espectro, assimilando outras cores em sua aura para se ocultar ou para se proteger.
No entanto, ele prejudica seu próprio campo energético com isso, sofrendo as consequências. Esse ato também confunde os outros. Seu maior desafio é aprender a se conhecer e descobrir seus dons especiais, para não precisar disfarçar-se com uma camuflagem emocional.
O indivíduo de aura prateada sente o meio ambiente físico como algo duro, hostil e frio. É fisicamente doloroso para ele olhar para qualquer coisa realista. É fisicamente sensível a barulhos e qualquer outra forma de poluição. Gostaria que o mundo fosse como os palácios antigos de seus sonhos e fantasias. Como não é, fica horrorizado. Na tentativa de criar no mundo real a perfeição que visualiza em sua mente, fica obcecado com limpeza e organização, muitas vezes. Precisa de muito espaço aberto, sobretudo dentro de casa.
O indivíduo de aura prateada tem muitas vezes a sensação física de estar sendo usado, desse modo é ciumento de seu espaço privado, onde só admite a família e os amigos mais íntimos e chegados. Não se abre a grandes reuniões porque não se sente à vontade com a ideia de invasão de seu espaço íntimo.Trabalhar a terra para este ser é estabilizador e satisfatório, e por isso o aura prateada pode se fazer valer desse exercício para se sentir melhor.

                                         CINZA

No conjunto essa cor vem adicionada a outras, sua presença é uma forma de um véu, até mesmo fraca vibração, fraca, cansaço de um cor faz nascer o cinza, doença do organismo no caso da aura etérica e cansaço de um sentimento produzido pela aura astral. Mas como todas as cores possuem variantes não seria diferente com o cinza . O cinza escuro tende a depressão, porque a tristeza vem com o cinza. O cansaço produzido por excesso de trabalho traz o cinza porém sempre passageiro após o descanso e a recarga do corpo astral das células pela energia prânica.

                                         PRETO

A não luz, o caos negativo do pensamento. Essas massas negras são raras no cotidiano, são pessoas com energia destrutiva, principalmente da autodestruição, do suicídio, doentes psíquicos.

Aura e Clarividência



As Revelações da Aura
Exercícios
1) Sente-se num local silencioso, onde não corra o risco de ser interrompido.
Acenda uma vela e apague todas as luzes.
Fixe o olhar na chama da vela, sem piscar.
Mesmo se seus olhos começarem a lacrimejar, não os feche.
Esse exercício ajuda a sensibilizar os olhos, de modo que eles passem a perceber imagens e luzes sutis.
2Abra uma fresta da janela, de maneira que o aposento fique suavemente iluminado.
Peque um livro encapado com papel crepom azul e coloque-o à sua frente, sobre um pano bege ou cinza, a 50 centímetros de distância.
Feche os olhos e relaxe.
Então abra os olhos e observe fixamente o livro.
Concentre-se bem e insista nesse exercício quantas vezes forem necessárias até conseguir ver a aura do livro.
3Junte ao livro azul mais dois livros – um encapado com papel crepom amarelo e outro com papel crepom vermelho.
Observe-os até conseguir ver o campo áurico dos três livros ao mesmo tempo.
Você provavelmente notará que cada um deles apresenta uma aura própria e que as três auras se fundem numa forte luminosidade.
Faça o mesmo com outros objetos (crucifixos, panelas, estatuetas), juntos ou separados, para exercitar a clarividência.
4Assim que conseguir enxergar a aura desses objetos, comece a lidar com seres vivos.
Em primeiro lugar, utilize flores vivas (plantadas em vaso com terra).
Observe-as com a mesma concentração e atenção dispensadas aos objetos anteriores.
Você notará que a aura da planta é muito mais forte e brilhante que a dos objetos inanimados.
Faça o mesmo exercício com vários vasos de plantas, de espécies diferentes.
Coloque um vaso perto do outro e observe-os com o máximo de atenção, até conseguir enxergar as auras de todas as plantas ao mesmo tempo.
5)Observe um animal ( gato, cachorro, coelho, passarinho) quando ele estiver em repouso.
Procure observá-lo num lugar iluminado naturalmente, mas que não seja ao ar livre.
Para conseguir enxergar a aura de animais, você necessitará de muito mais concentração do que no caso dos objetos e das plantas. Por isso, tente relaxar bem, respire profundamente e olhe para o animal sem ansiedade mas com muita atenção.
Aos poucos, você verá que, em torno dele, se forma uma aura mais ampla e brilhante que a dos vegetais.
6Observe sua própria aura.
Para isso , ilumine um aposento suavemente, com um abajur.
Sente-se de um jeito bem confortável, com as pernas esticadas e nuas.Concentre-se bem e observe suas pernas com atenção.
Aos poucos , você notará que sua aura tem um brilho ainda mais intenso do que a aura do animal estudado anteriormente.
Perceberá, também, que já um tom predominante e, além dele, existe uma infinidade de cores que se fundem – muito mais intensas do que as dos seres observados antes.
7)A gora você já está preparado para ver a aura de outra pessoa.
Para isso, convide alguém, da sua confiança, que concorde em se deixar observar.
Peça à pessoa que use uma roupa sem mangas, para que você comece a observação pela pele nua dos braços
Você notará uma espécie de fumaça se formando nessa região.
Aos poucos, a fumaça se expande e as cores aparecem, com brilho total.
Observe- a assim durante um bom tempo.
Depois procure enxergá-la de maneira mais ampla, até ver a aura do corpo inteiro da pessoa.
8Peça para a pessoa que está sendo observada, se acomodar numa posição bem confortável, sentada ou deitada.
Então solicite a ela que ouça, com um fone de ouvido, as músicas de que mais gosta.
Concentre-se bem por meio de uma respiração profunda e observe a aura dela , especialmente na região da cabeça e dos ouvidos, onde as variações serão mais perceptíveis.
Você notará que a satisfação dela em ouvir as músicas provoca ligeiras alterações na aura, que fica mais brilhante e harmoniosa.
9Chegou a hora de você enxergar as auras ao ar livre.
Convide seu colaborador pra passear um pouco à luz do dia.
Então, procure se concentrar bem até conseguir enxergar o campo áurico que se forma em volta dele.
Você notará que os raios de sol se fundem com a luminosidade da aura.
Depois faça esse exercício com as casas, os carros, as plantas e os animais, até detectar suas auras à luz do sol.
No caso das plantas, você poderá captar até mesmo as mudanças sutis que ocorrem durante o processo de fotossíntese.

CAMPO DA AURA
Articulando, ao redor de si mesma, as radiações das sinergias funcionais das agregações celulares do campo físico ou do psicossomático, a alma encarnada ou desencarnada está envolvida na própria aura ou túnica de forças eletromagnéticas, em cuja tessitura circulam as irradiações que lhe são peculiares.
Evidenciam-se essas irradiações, de maneira condensada, até um ponto determinado de saturação, contendo as essências e imagens que lhe configuram os desejos no mundo íntimo, em processo espontâneo de auto exteriorização, ponto esse do qual a sua onda mental se alonga adiante, atuando sobre todos os que com ela se afinem e recolhendo naturalmente a atuação de todos os que se lhe revelam simpáticos.
E, desse modo, estende a própria influência que, à feição do campo proposto por Einstein, diminui com a distância do fulcro consciencial emissor, tornando-se cada vez menor, mas a espraiar-se no Universo infinito.
(Mecanismos da Mediunidade, X, André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, FEB)

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