sexta-feira, 15 de abril de 2011

CURAS ESPIRITUAIS
1 - OPERANDO COM O ESPÍRITO:
"Dos xamãs e feiticeiros nos primórdios da humanidade, ao brasileiro José Arigó, as curas e operações espirituais continuam sendo um dos assuntos mais discutidos. Tema bastante conhecido do Espiritismo e da parapsicologia, nem sempre é tão investigado pela ciência quanto deveria.
O local pode ser uma casa simples ou um grande galpão. À porta, formam-se filas imensas de pessoas que já tentaram de tudo para se curar, mas sem êxito. Movidas basicamente pela fé, quando não pelo desespero, elas vão atrás da solução oferecida pela atuação dos Espíritos, que se manifestam através de um médium.
No interior do local de cura, o médium se desloca de uma maca a outra, fazendo incisões com facas de cozinha, tesouras ou com as próprias mãos, sem qualquer tipo de assepsia. Nenhuma anestesia é usada, mas as pessoas não sentem dor e, muitas vezes, sequer percebem que o médium as está operando.
As imagens - já mostradas em larga escala nas revistas, jornais e canais de televisão - são impressionantes. Os corpos são abertos com um mínimo de sangramento, tumores são extirpados e problemas que a medicina julgava insolúveis acabam sanados em questão de minutos.

Até poucos anos atrás, essas operações eram comuns no Brasil e deram origem a algumas das maiores controvérsias envolvendo a atuação de Espíritos em nosso planeta. Com raras exceções, a medicina não aceita a explicação de que os Espíritos são responsáveis pelos prodígios e, geralmente, atribui a eliminação da dor ao chamado "efeito placebo" - que consiste na administração de pílulas sem qualquer efeito medicinal, mas que o paciente acredita serem extremamente eficazes - uma auto-sugestão, com resultados positivos comprovados estatisticamente. Nesse caso, a fé na cura seria o ingrediente que atua como curador, segundo a ciência.

No entanto, já foram registrados casos de pessoas operadas e curadas com sucesso mesmo não acreditando na atuação dos espíritos." Apesar da descrença da ciência, existem inúmeros cientistas de várias partes do mundo que se dedicaram ao estudo das curas mediúnicas, tanto no Brasil quanto em outros países, especialmente nas Filipinas, onde o fenômeno parece ser tão comum como aqui. Alguns pesquisadores entenderam que o que estava ocorrendo não era apenas um produto da fé das pessoas, mas que algum tipo de ocorrência paranormal, ou espiritual, estava de fato em curso.

É verdade que a idéia de que os Espíritos estejam atuando através de médiuns perdeu um pouco de sua credibilidade depois que vários médiuns foram acusados de estarem fraudando as operações e ganhando dinheiro com a esperança de cura dos pacientes. Para muitos espíritas, no entanto, aqueles que sempre se colocaram contra a noção de que os Espíritos podem interferir em nosso mundo, fazem de tudo para desacreditar esse tipo de acontecimento; independentemente fraudes, que certamente existem, os casos comprovados seriam numerosos.

O que parece mais certo é que falta um acompanhamento científico mais detalhado e isento das operações e curas espirituais. Cientistas americanos que exemplo, chegaram a demonstrar interesse em estudar os pacientes supostamente curados, fazendo um levantamento de quantos teriam sofrido uma recaída da doença e quantos teriam realmente se curado. Não se tem notícia de que essa pesquisa tenha sido realizada.

É difícil saber ao certo quantidade de médiuns, verdadeiros ou falsos, que continuam realizando curas e operações alguns que recebem pessoas em suas próprias residência, sem cobrar coisa alguma e sem fazer propaganda de suas atividades; e aqueles que têm intenção de fraudar estão bem mais cuidadosos.

É mais comum se ouvir falar de curas espirituais realizadas sem o auxílio de instrumentos e sem cortes. A energizaçâo é uma das palavras mais utilizadas, e inúmeras técnicas têm sido apresentadas como capazes de curar males físicos, ainda que poucas vezes estejam associadas à atuação dos Espíritos. Vários estudiosos do assunto entendem que esse tipo de cura é muito mais antigo do que o Espiritismo, remontando às mais antigas tribos humanas. As curas realizadas pelos xamãs e feiticeiros seguiam num rumo semelhante; eles atuavam na Terra em nome ou com a permissão dos espíritos ancestrais, sendo responsáveis pela cura de todo tipo de problemas dos habitantes de suas comunidades, inclusive com a aplicação de noções rudimentares de psicologia.

Muitos espíritas afirmam que a questão já foi devidamente tratada por Allan Kardec em vários textos. No capítulo XIV do livro A Gênese, por exemplo, ele se refere à ação dos fluidos sobre a matéria, e ao pensamento lógico de que esse conhecimento espírita deveria ser aplicado para ajudar o corpo físico dos seres humanos - ou seja, na cura de doenças. A idéia geral é que os Espíritos têm a capacidade de manipular os chamados fluidos, que podem ser entendidos como energias existentes tanto neles quanto nos seres encarnados, nos quais passa a ser chamado de fluido vital, fluido magnético ou ectoplasma.

As doenças são vistas, então, como um problema no perispírito, com repercussão no físico e, através da transmissão de fluidos do espírito para o perispírito dos encarnados, ocorreria a cura do corpo. O fato de que essas curas acontecem por meio dos médiuns é explicado: eles são as pessoas mais preparadas para realizar o contato entre nossa dimensão e a outra.

A vontade se torna elemento fundamental no processo, pois é através dela que o desencarnado pode agir sobre a matéria. E a cura ainda envolveria a qualidade do fluido, que está diretamente ligada ao padrão moral e orgânico do doador. Assim também se explica por que nem todas as pessoas podem efetuar curas.

No brasil, o caso que mais chamou a atenção foi, sem dúvida, o de Zé Arigó (1921-1971), médium que realizava operações inacreditáveis sob a direção de um Espírito. Segundo ele, tratava-se de um médico alemão falecido na Primeira Guerra Mundial, a quem chamou de Adolf Fritz. Apesar de, segundo as informações, ele ter realizado uma série de curas com sucesso, os céticos jamais aceitaram a situação, alegando que Fritz não é um sobrenome alemão e que as pesquisas realizadas nos arquivos da época foram infrutíferas: o suposto médico não existe nos registros da Alemanha, mesmo quando foi dito que seu nome verdadeiro era Adolph Yeperssoven.

Outros já disseram que o nome que ele forneceu era de pouca importância, uma espécie de disfarce utilizado pelo Espírito do médico, assim como o sotaque alemão que Arigó e outros depois dele apresentavam quando o doutor assumia o comando das operações. O início das atividades do médium segue um padrão mais ou menos comum nos paranormais de vários países. A partir de 1950, ele começou a sentir dores de cabeça fortíssimas, insônia e a ter visões que o perturbavam bastante, além de ouvir uma voz que se repetia constantemente. Para a medicina, tais sinais são distúrbios que precisam ser tratados, talvez pela neurologia, mas no mundo dos fenômenos espíritas são encarados como indícios de atividade parapsíquica, de um contato que se inicia.
Foi o que aconteceu quando o Espírito que lhe falava tomou seu corpo e ele pôde ver a figura de um homem de avental branco supervisionando um grupo de médicos numa sala de cirurgia. Começava assim a convivência de Arigó com o dr. Fritz que, segundo disse, escolhera o médium para realizar curas na Terra, guiando suas mãos nas atividades mais complexas. O sucesso de Arigó levou milhares de pessoas a visitá-lo em Congonhas do Campo, Minas Gerais, em busca de auxílio. A notoriedade lhe rendeu, igualmente, um processo por curandeirismo movido pela Associação Médica de Minas Gerais, tendo sido condenado a quinze meses de prisão, mas recebendo o indulto do então presidente Juscelino Kubitschek. Foi preso novamente em 1962, mas continuou atuando dentro do presídio.

Ainda que, como já foi dito, poucas pesquisas tenham sido realizadas com o pós-operatório dos pacientes, vários investigadores, cientistas ou não, puderam confirmar que cerca de 95% dos diagnósticos fornecidos por Arigó estavam corretos. Após a morte de Zé Arigó, num acidente automobilístico, o dr. Fritz voltaria a se apresentar e realizar mais curas. O escolhido foi o médico Edson Queiroz que, ao contrário de Arigó, afirmava receber a visita de Espíritos desde criança - ele brincava com pessoas que ninguém mais conseguia enxergar, apesar de seus pais ouvirem vozes desconhecidas pela casa.
Aos dez anos, Queiroz começou a ver seres que se diziam índios ou caboclos. Segundo o médium, ele só ingressou na faculdade de medicina porque recebeu uma mensagem do plano espiritual mandando que fizesse isso, no momento em que se preparava para cursar engenharia. Diziam que ele tinha uma missão a cumprir, o que de fato aconteceu. Segundo alguns, tratava-se de mais uma fraude, aproveitando o sucesso da presença do dr. Fritz; para outros, era o mesmo fenômeno se repetindo, e as operações eram tão bem-sucedidas e procuradas quanto as de Arigó.
Edson Queiroz também chegou a ser processado e acusado de fraude. Ele faleceu em 1991. Mais recentemente, o dr. Fritz voltou a ser o centro das atenções quando o engenheiro eletrônico Rubens de Faria ganhou notoriedade por realizar o mesmo tipo de operações, dizendo estar em contato com o médico alemão, e falando com o mesmo sotaque. Curiosamente, o médium José Penuz, do Paraná, também disse operar em nome do dr. Fritz; ele estaria em contato com o Espírito desde a morte de Queiroz, e o próprio dr. Fritz lhe teria dito que Faria nunca foi utilizado por ele nas operações que realiza.

Rubens de Faria chegou a ser preso e processado, acusado de tomar dinheiro das pessoas que o procuravam. Ele atuava principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro e, após um período afastado da mídia, voltou às atividades. A briga entre os dois representantes do dr. Fritz deixou ainda mais suspeitas no ar; tornando-se impossível qualquer tipo de investigação científica do fenômeno, se é que ele está ocorrendo de fato. Diz-se que Faria realizou uma cirurgia na coluna do ex-presidente Figueiredo e que foi procurado por Leandro, da dupla Leandro e Leonardo. Alguns também afirmaram que o ator Christopher Reeve chegou a procurar a intervenção do médium.

Fraude ou não, o fato é que o fenômeno das operações espirituais ocorre em todo o planeta, com maior ou menor intensidade e divulgação. O caso do dr. Fritz já foi muito comentado como sendo provavelmente o único de um Espírito que se manifesta em diferentes médiuns. O Brasil também costuma ser visto como um campo fértil para o surgimento de curadores, alguns com menor notoriedade que Arigó - como Ivan Trilha e outros menos cotados, mas que também contam com um esperançoso grupo de seguidores.

Os curadores das Filipinas também já fizeram sua história de operações tidas como milagrosas, que chegaram a ser gravadas em vídeo e apresentadas num congresso de parapsicologia. Nos Estados Unidos, que possui um campo mais aberto para atividades da chamada Nova Era e curais espirituais, também surgem operadores espirituais de renome, como Harry Edwards, falecido em 1976, e que deixou montada uma organização razoável, ainda em atividade.

O que se comprova em todos esses casos, sem sombra de dúvida é que está em curso um tipo de fenômeno ligado aos estudos da parapsicologia. Com ou sem êxito nas operações espirituais, o fato é que os curadores conseguem realizar suas atividades sem causar dor nos pacientes, o que por si só já é algo a ser estudado com cuidado. Da mesma forma, o fato das operações serem realizadas sem qualquer tipo de assepsia e não apresentarem consequências, como infecções, já é, por si só, um fenômeno.

Apesar dos pesares, hoje em dia grande número de pesquisadores na área médica já presta atenção aos fenômenos paranormais e espirituais, tentando incorporar os conhecimentos daí obtidos a técnicas já consagradas da medicina. Se dessas investigações forem descobertos métodos eficazes de realizar operações sem o uso de anestésicos, já será um imenso sucesso. A maior dificuldade talvez seja incorporar aos estudos científicos a noção da intervenção dos Espíritos, que ainda encontra uma resistência imensa.

2 - CURAS ENERGÉTICAS
"AS CURAS ENERGÉTICAS OU ESPIRITUAIS NÃO SÃO APENAS UMA POSSIBILIDADE, MAS UMA REALIDADE, JÁ COMPROVADA POR INÚMEROS CIENTISTAS DE RENOME".
O grande filósofo e matemático René Descartes, após intensas elucubrações, teve a oportunidade feliz de dizer cogito, ergo sun, ou seja, "penso, logo existo". De forma brilhante, ele sabiamente conseguiu resumir a essência de nossas existências. Nós, seres humanos, vivemos porque pensamos. A nossa grande característica é a de pensar. Assim, acima de tudo, nós nos diferenciamos dos animais mais inferiores porque somos seres pensantes.

Outro grande matemático, teólogo e filósofo chamado Blaise Pascal - autor da célebre frase "o coração tem razões que a própria razão desconhece", que já nos mostra a dimensão transcendente da vida, e não meramente unilateral ou horizontal, como pretendem alguns pseudo-sábios céticos - afirmou, de forma semelhante a Descartes, que "o pensamento é a grandeza do homem".

O grande gênio Leonardo da Vinci já dizia que "pobre é aquele que busca em sua vida satisfazer apenas os seus desejos materiais", mostrando-nos, assim, que existe algo além em nossas existências. Sócrates e seu discípulo Platão já falavam do "mundo das idéias", o qual era a fonte primordial de tudo, sendo este mundo mera cópia imperfeita do que existiria lá, evidenciando-nos o nosso ascendente metafísico.

O grande Albert Einstein, que, segundo ele mesmo, era um homem profundamente religioso, conectado com Deus, dizia que o maior mistério da vida está na mística, na compreensão dos fatos transcendentes. Tanto é assim que ele dizia que "do mundo dos fatos não conduz nenhum caminho para o mundo dos valores - estes vêm de outra região". Além disso, dizia que "a imaginação é mais importante que o conhecimento".

Poderíamos citar ainda inúmeros sábios da humanidade que, como diz o filósofo brasileiro Huberto Rohden, em sua filosofia univérsíca, saindo da horizontalidade do ego-pensamento e adentrando a essência dos fatos pela cosmo-consciência, descobriram que o homem não é mero combinado ao acaso de moléculas, mas um ser primordialmente espiritual, mental, místico, transcendente, ou qualquer palavra que queiramos usar.

Sendo assim, em pleno século 21, no qual a Humanidade se encontra saturada de conhecimentos gigantescos, não é possível mais cogitar que o homem é tão só um aglomerado de partículas. Os filósofos antigos, principalmente os gregos; os grandes iniciados religiosos da Antiguidade, em particular os orientais; os grandes homens sábios da ciência, em especial os matemáticos; os grandes religiosos depois de Jesus, como os primeiros cristãos, à época de Paulo de Tarso; enfim, todos, de diferentes áreas do saber que conseguiram largar o orgulho que cega, chegaram à mesma conclusão: de que o homem é algo mais, de que ele é, essencialmente, transcendental, posto que pensa.

Imaginar que tal pensamento é ilusório ou ingênuo seria dizer que todos esses sábios citados, além de outros não citados, e que uma grande parcela da humanidade, em todas as épocas da história, esteve profundamente enganada, e nós, medíocres seres egoícos, teríamos a verdade particular, e não eles, que eram sábios, gênios e que chegaram, todos, em um denominador comum.

Contudo, nós, principalmente os ocidentais, somos seres ainda bastante materialistas, e precisamos sempre de fórmulas que atestem a verdade. Desse modo, apesar de ter a consciência de que "o puro raciocínio pode atingir a realidade, como os sonhos dos antigos", Albert Einstein provou matematicamente tudo o que estamos falando. Com sua famosa fórmula E=m.c2, ele veio nos mostrar que a matéria não passa de energia condensada, que a matéria não é mais do que uma forma de energia.

Depois dele e de sua elaboração da Teoria da Relatividade, tanto a restrita quanto a amplificada, o mundo começou a comprovar tudo aquilo que os antigos já diziam sobre a metafísica do ser e do universo. Depois dele, uma enorme revolução aconteceu em todos os campos do saber. E, assim, as curas energéticas voltaram a ganhar um impulso enorme, já que o materialismo, segundo ele mesmo, estava morrendo "por falta de matéria".
Dessa maneira, não é mais possível negar a existência de um elemento além de nossos parcos sentidos humanos. A realidade energética não é mais uma cogitação, não é mais uma possibilidade lógica, mas uma realidade matemática. Todos nós somos seres essencialmente energéticos, e nos influenciamos e aos outros por meio da energia que produzimos e fazemos fluir, através dos pensamentos. A matéria é uma ilusão factual, mas a energia é uma realidade cósmica.

Sendo assim, se quiser continuar em seu progresso, a medicina não poderá ignorar esse fato. Se a medicina, principalmente a ocidental, quiser dar prosseguimento à sua caminhada ascensional, terá, sim, de aceitar o novo quadro do mundo. E é por isso que já vemos inúmeros médicos, cosmo-conscientes, que adentraram nessa realidade. Victor Franck, médico-psiquiatra, judeu-alemão, diretor da Policlínica Neurológica da Universidade de Viena, à sua época escreveu um livro sobre "logoterapia", usando na medicina o mesmo princípio que Einstein usou na matemática: o contato consciente com a realidade central do homem (UNO, Eu) para curar desarmonias no mundo das facticidades do homem (VERSO, Ego).

Outro grande foi Joel Goldsmith que, atento a essa nova realidade, escreveu, em Honolulu, um livro magistral intitulado A Arte de Curar pelo Espírito. E o grande filósofo brasileiro Huberto Rohden, citado anteriormente, criador da maravilhosa filosofia univérsica, em seu livro Einstein - O Enigma do Universo, à página 20, diz que por medicina deve-se entender a cura pela raiz do Uno-eu, e não apenas a repressão de sintomas das superfícies do Verso-ego, como faz a medicina comum. E, mais adiante, acrescenta que "matemáticos, metafísicos, místicos e médicos estão convergindo para a o mesmo foco único" da pleniconsciência com a plenitude da fonte suprema, do Uno do universo.

As curas energéticas são, portanto, não mais uma possibilidade, mas uma realidade. Sendo o homem um ser energético, é fácil entender o mecanismo geral de todas elas, que é restabelecer o fluxo energético do ser, harmonizando-o, curando-o, realmente indo nas raízes do problema.

E o cientista japonês Masaru Emoto, atento a isso, após anos de pesquisas publicou, recentemente, um livro magistral chamado The Message from Water (A Mensagem da Água). Nesse livro, ele relata o resultado de suas experiências, comprovando o que muitas religiões já fazem - como o Espiritismo codificado por Allan Kardec - que é a terapia pela água fluidificada.

Emoto comprovou, através de microfotografias, que a água tem um poder enorme de formar cristais quintessenciados em resposta energética do efeito salutar da música, da oração, de palavras belas, como o amor, o perdão, além de responder negativamente, destruindo esses cristais, diante de fluxos energéticos negativos. Ora, fica fácil entender, então, que por sermos formados principalmente por água, essa terapia traz efeitos salutares à saúde.

A cura energética não é uma possibilidade, mas uma realidade. E é preciso que a medicina ocidental preste mais atenção a isso, uma vez que o mundo avança e a física de Einstein e a quântica estão cada vez mais nos levando na direção dessa realidade transcendente do ser e do universo.

E pensar que todo esse poder da mente, todo esse poder dos pensamentos, todo esse poder da energia, já eram conhecidos há mais de dois mil anos por um ser incrível, o querido Jesus de Nazaré, guia e modelo da humanidade, quando ele dizia: "A tua fé te curou".
                      

CURAS INSTANTÂNEAS

     De todos os fenômenos espíritas, um dos mais extraordinários é, sem qualquer dúvida, o das curas instantâneas. Compreende-se as curas produzidas pela ação continuada de um bom fluido. Mas pergunta-se como esse fluido pode operar uma transformação súbita no organismo e, sobretudo, porque o indivíduo que possui essa faculdade não tem acesso sobre todos os que são atingidos pela mesma moléstia, admitindo que haja especialidades. A simpatia dos fluidos é uma razão, sem dúvida, mas não satisfaz completamente, porque nada tem de positivo, nem de científico. Entretanto, as curas instantâneas são um fato, que se não poderia pôr em dúvida. Se se não tivesse em apoio senão os exemplos dos tempos remotos, poder-se-ia, com alguma aparência de fundamento, considerá-los como lendários ou, pelo menos, como ampliados pela credulidade; mas quando os mesmos fenômenos se reproduzem aos nossos olhos, no século mais céptico a respeito das coisas sobrenaturais, a negação já não é possível, e se é forçado a neles ver, não um efeito miraculoso, mas um fenômeno que deve ter sua causa nas leis da natureza, ainda desconhecidas.
    
     A explicação seguinte, deduzida das indicações fornecidas por um médium em sonambulismo espontâneo, está baseada em considerações fisiológicas, que nos parecem jogar luz nova sobre a questão. Ela foi dada por ocasião de uma pessoa atingida por graves enfermidades e que perguntava se um tratamento fluídico poderia ser-lhe salutar.

     Por mais racional que nos pareça esta explicação, não a damos como absoluta, mas a título de hipótese e como tema de estudo, até que tenha recebido a dupla sanção da lógica e da opinião geral dos Espíritos, único controle válido das doutrinas espíritas e que possa assegurar-lhe a perpetuidade.

     Na medicação terapêutica são necessários remédios apropriados ao mal. Não podendo o mesmo remédio ter virtudes contrárias: ser, ao mesmo tempo, estimulante e calmante, aquecer e esfriar, não pode convir a todos os casos. É por isto que não existe um remédio universal.

     Dá-se o mesmo com o fluido curador, verdadeiro agente terapêutico, cujas qualidades variam conforme o temperamento físico e moral dos indivíduos que o transmitem. Há fluidos que superexcitam e outros que acalmam, fluidos fortes e outros suaves e de muitas outras nuanças. Conforme as suas qualidades, o mesmo fluido, como o mesmo remédio, poderá ser salutar em certos casos, ineficaz e até prejudiciais em outros; de onde se segue que a cura depende, em princípio, da adequação das qualidades do fluido à natureza e à causa do mal. Eis o que muitas pessoas não compreendem e porque se admiram que um curador não cure todos os males. Quanto às circunstâncias que influem nas qualidades intrínsecas dos fluidos, foram suficientemente desenvolvidas no Cap. XIV da Gênese, para que seja supérfluo aqui as relembrar.

     A esta causa inteiramente física das não-curas, há que acrescentar uma, inteiramente moral, que o Espiritismo nos dá a conhecer. É que a maioria das moléstias, como todas as misérias humanas, são expiação do presente ou do passado, ou provações para o futuro; são dívidas contraídas, cujas conseqüências devem ser sofridas, até que tenham sido resgatadas. Não pode ser curado aquele que deve suportar sua provação até o fim. Este princípio é um motivo de resignação para o doente, mas não deve ser uma escusa para que o médico procurasse, na necessidade da provação, um meio cômodo de abrigar a sua ignorância.

     Consideradas unicamente do ponto de vista fisiológico, as doenças têm duas causas, que até hoje não foram distinguidas, e que não podiam ser apreciadas antes de novos conhecimentos, trazidos pelo Espiritismo. É da diferença destas duas causas que ressalta a possibilidade das curas instantâneas, em casos especiais, e não em todos.

     Certas doenças têm sua causa original na alteração mesma dos tecidos orgânicos; é a única admitida pela ciência até hoje. E como, para a remediar, até hoje só conhece as substâncias medicamentosas tangíveis, não compreende a ação de um fluido impalpável, tendo a vontade como propulsor. Entretanto, aí estão os curadores magnéticos, para provar que não é uma ilusão.

     Na cura das moléstias desta natureza, pelo influxo fluídico, há substituição das moléculas orgânicas mórbidas por moléculas sadias. É a história de casa velha, cujas pedras carcomidas são substituídas por boas pedras: tem-se sempre a mesma casa, mas restaurada e consolidada. A torre Saint-Jacques e Notre-Dame de Paris acabam de sofrer um tratamento deste gênero.

     A substância fluídica produz em efeito análogo ao da substância medicamentosa, com a diferença que, sendo maior a sua penetração, em razão da tenuidade de seus princípios constitutivos, age mais diretamente sobre as moléculas primeiras do organismo do que o podem fazer as moléculas mais grosseiras das substâncias materiais. Em segundo lugar, sua eficácia é mais geral, sem ser universal, porque suas qualidades são modificáveis pelo pensamento, ao passo que as da matéria são fixas e invariáveis e não se podem aplicar senão a casos determinados.

     Tal é, em tese geral, o princípio sobre o qual repousam os tratamentos magnéticos. Ajuntemos sumariamente, e de memória, pois não podemos aqui aprofundar o assunto, que a ação dos remédios homeopatas em doses infinitesimais, é baseada no mesmo princípio; a substância medicamentosa, levada pela divisão ao estado atômico, até certo ponto adquire as propriedades dos fluidos, menos, entretanto, o princípio anímico, que existe nos fluidos animalizados e lhes dá qualidades especiais.

     Em resumo, trata-se de reparar uma desordem orgânica pela introdução, na economia, de materiais sãos, substituindo materiais deteriorados. Esses materiais sãos podem ser fornecidos pelos medicamentos ordinários in natura; por esses mesmos medicamentos em estado de divisão homeopática; enfim pelo fluido magnético, que não é senão matéria espiritualizada. São três modos de reparação, ou melhor, de introdução e de assimilação dos elementos reparadores; todos os três estão igualmente na natureza, e têm sua utilidade, conforme os casos especiais, o que explica porque um tem êxito onde outro fracassa, porque seria parcialidade negar os serviços prestados pela medicina ordinária. Em nossa opinião, são três ramos da arte de curar, destinados a se suplementar e se completar, conforme as circunstâncias, mas das quais nenhuma tem o direito de se julgar a panacéia universal do gênero humano.

     Cada um dos meios poderá, pois, ser eficaz, se empregado a propósito e adequado a especialidade do mal; mas, seja qual for, compreende-se que a substituição molecular, necessária ao restabelecimento do equilíbrio, só se pode operar gradualmente, e não por encanto e por um golpe de batuta; se possível, a cura não pode deixar de ser senão o resultado de uma ação contínua e perseverante, mais ou menos longa, conforme a gravidade dos casos.

     Entretanto as curas instantâneas são um fato, e como não podem ser mais miraculosas que as outras, é preciso que se realizem em circunstâncias especiais. O que o prova é que não se dão indistintamente para todas as doenças, nem para todos os indivíduos. É, pois, um fenômeno natural, cuja lei há que buscar. Ora, eis, a explicação que se lhe dá. Para a compreender, era preciso ter o ponto de comparação que acabamos de estabelecer.

     Certas doenças, mesmo muito graves e passadas ao estado crônico, não têm como causa primeira a alteração das moléculas orgânicas, mas a presença de um mau fluido, que as desagrega, por assim dizer, e perturba a sua economia.

     Há aqui como num relógio, cujas peças todas estão em bom estado, mas cujo movimento é parado ou desordenado pela poeira; nenhuma peça deve ser substituída e, contudo, ele não funciona; para restabelecer a regularidade do movimento basta purgar o relógio do obstáculo que o impedia de funcionar.

     Tal é o caso de grande número de doenças, cuja origem é devida aos fluidos perniciosos, dos quais é penetrado o organismo. Para obter a cura, não são moléculas deterioradas que devem ser substituídas, mas um corpo estranho que se deve expulsar; desaparecida a causa do mal, o equilíbrio se restabelece e as funções retomam o seu curso.

     Concebe-se que em semelhantes casos os medicamentos terapêuticos, por sua natureza destinados a agir sobre a matéria, não tenham eficácia sobre um agente fluídico. Assim, a medicina ordinária é inoperante em todas as doenças causadas por fluidos viciados, e elas são numerosas. À matéria pode opor-se a matéria, mas a um fluido mau há que opor um fluido melhor e mais poderoso. A medicina terapêutica naturalmente falha contra os agentes fluídicos; pela mesma razão a medicina fluídica falha onde há que opor matéria à matéria; a medicina homeopática nos parece ser o intermediário, o traço de união entre esses dois extremos, e deve particularmente ter êxito nas afecções que poderiam chamar-se mistas.

     Seja qual for a pretensão de cada um destes sistemas à supremacia, o que há de positivo é que, cada um de seu lado, obtém incontestáveis sucessos, mas que, até agora, nenhum justificou estar na posse exclusiva da verdade; de onde há que concluir que todas têm sua utilidade, e que o essencial é as aplicar adequadamente.

     Não temos que nos ocupar aqui dos casos em que o tratamento fluídico é aplicável, mas da causa pela qual esse tratamento por vezes pode ser instantâneo, ao passo que em outros casos exige uma ação continuada.

     Essa diferença se deve à mesma natureza e à causa primeira do mal. Duas doenças que apresentam, na aparência, sintomas idênticos, podem ter causas diferentes; uma pode ser determinada pela alteração das moléculas orgânicas e, neste caso, é necessário reparar, substituir, como me disseram, as moléculas deterioradas por outras sãs, operação que só se pode fazer gradualmente; a outra, por infiltração, nos órgãos sãos, de um fluido mau, que perturba as suas funções. Neste caso requerem, no fluido curador, qualidades diferentes. No primeiro, é preciso um fluido mais suave que violento, sobretudo rico em princípios reparadores; no segundo, um fluido enérgico, mais próprio à expulsão do que a reparação; segundo a qualidade desse fluido, a expulsão pode ser rápida e como por efeito de uma descarga elétrica. Subitamente livre da causa estranha que o fazia sofrer, o doente sente-se  aliviado imediatamente, como acontece na extirpação de um dente estragado. Não estando mais obliterado, o órgão volta ao seu estado normal e retoma as suas funções.

     Assim podem explicar-se as curas instantâneas, que não são, na realidade, senão uma variedade da ação magnética. Como se vê, elas repousam num princípio essencialmente fisiológico e nada têm de mais miraculoso que os outros fenômenos espíritas. Compreende-se desde logo porque essas espécies de curas não são aplicáveis a todas as doenças. Sua obtenção se deve, ao mesmo tempo, à causa primeira do mal, que não é a mesma em todos os indivíduos, e às quantidades especiais do fluido que se lhe opõe. Disso resulta que tal pessoa que produz efeitos rápidos, nem sempre é indicada para um tratamento magnético regular, e que excelentes magnetizadores são impróprios para curas instantâneas.

     Esta teoria pode assim resumir-se: “Quando o mal exige a reparação de órgãos alterados, necessariamente a cura é lenta e requer uma ação contínua e um fluido de qualidade especial; quando se trata da expulsão de um mau fluido, ela pode ser rápida e, mesmo, instantânea”.

     Para simplificar a questão, não consideramos senão os dois pontos extremos; mas entre os dois há nuanças infinitas, isto é, uma multidão de casos em que as duas causas existem simultaneamente em diferentes graus, e com mais ou menos preponderância de cada uma; em que, por conseqüência, é necessário, ao mesmo tempo expulsar e reparar. Conforme aquela das duas causas que predomina, a cura é mais ou menos lenta; se for a do mau fluido, após a expulsão é preciso a reparação; se for a desordem orgânica, após a reparação é necessária a expulsão. A cura só é completa após a destruição das duas causas. É o caso mais comum; eis porque os tratamentos terapêuticos muitas vezes necessitam ser completados por tratamento fluídico e reciprocamente; eis, também, porque as curas instantâneas, que ocorrem nos casos em que a predominância fluídica é, por assim dizer, exclusiva, jamais poderão tornar-se um meio curativo universal; não são, conseqüentemente, chamadas a suplantar nem a medicina, nem a homeopatia, nem o magnetismo ordinário.

     A cura instantânea radical e definitiva pode ser considerada como um caso excepcional, visto que é raro: 1º - que a expulsão do mau fluido seja completa no primeiro golpe; 2º - que a causa fluídica não seja acompanhada de alguma alteração orgânica, o que obriga, num caso, como no outro, a olhar várias vezes.

     Enfim, não podendo os maus fluidos provir senão de maus Espíritos, sua introdução na economia se liga muitas vezes à obsessão. Daí resulta que, para obter a cura, é preciso tratar, ao mesmo tempo, o doente e o Espírito obsessor.
     Estas considerações mostram quantas coisas há que levar em conta no tratamento das moléstias, e quanto ainda resta a aprender o tal respeito. Além disso, vêm confirmar um fato capital, que ressalta da obra a Gênese, é a aliança do Espiritismo e da ciência. O Espiritismo marcha no mesmo terreno que a ciência, até os limites da matéria tangível; mas, ao passo que a ciência se detém neste ponto, o Espiritismo continua seu caminho e procede suas investigações nos fenômenos da natureza com o auxílio dos elementos que colhe no mundo extramaterial; só aí está a solução das dificuldades contra as quais se choca a ciência. (Allan Kardec - Revista Espírita de 1868). 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Minha lista de blogs

Visualizações de página do mês passado

Páginas