terça-feira, 10 de maio de 2011

Fernão Capelo Gaivota






Fico impressionada com essa obra e pasmem foi um livro de leitura obrigatória na década de 80 no ensino fundamental 2, antigo ginasial. Bons tempos no quesito exigência literária pois assim como essa obra varias outras faziam parte da grade curricular. Vejo hoje com muita tristeza quão pobre estão as escolas publicas onde o hábito da leitura esta em  2º Plano. 
Ao comparar a liberdade com um pássaro, o autor mostra que não é necessário buscar um padrão para ser aceito, tampouco se prender a um “bando”. Fernão entende que para encontrar a genuína felicidade, precisa abrir mão do óbvio e buscar o que realmente o agrada.

Richard Bach foi piloto da Força Aérea Americana entre um curto período de paz entre as guerras da Coréia e do Vietnã. Após dar baixa, resolveu dedicar-se à literatura. Seu primeiro sucesso veio com Fernão Capelo Gaivota, publicado em 1970.
Através da história de Fernão Capelo, Bach transmitiu uma lição positiva de vida que, quatro décadas depois, continua emocionando leitores de todas as idades e nacionalidades.O livro é uma alegoria sobre a importância de se buscar propósitos mais nobres para a vida À primeira vista, é a história de uma gaivota um tanto incomum, diferente das outras de sua espécie, que não se preocupa apenas em conseguir comida. Fernão Gaivota está preocupado com a beleza de seu próprio vôo, em aperfeiçoar sua técnica e executar o mais belo dos vôos.
Ele é tomado pela paixão pelos vôos de todos os tipos, e sua alma decola como os seus experimentos e emocionantes triunfos de ousadia e feitos aéreos que prefere desenvolver suas técnicas de vôo ao invés de comportar-se como qualquer outra gaivota do bando.

Fernão Capelo Gaivota é um livro que fala sobre a sociedade humana e nossos dogmas, conceitos, restrições, e o mais importante, a busca pela perfeição.
O maior problema é que essa busca sempre acontece seguindo o caminho contrário à correnteza e Fernão encontra apenas críticas à sua tentativa de voar mais alto e mais rápido do que as outras gaivotas, e como consequência é banido do grupo.
Mas sua felicidade em superar os próprios limites fala mais alto e ele segue o seu próprio caminho, quebrando barreiras e tabus pré-estabelecidos pelo seu bando.
Logo outras gaivotas começam a seguir o renegado Fernão, aprendendo suas técnicas de vôo, o que incomoda os anciões do bando.


Em certa parte do livro, Fernão sofre um acidente e morre. Assim ele conhece o paraíso, conversa com a Grande Gaivota e volta ao nosso mundo para transmitir o que aprendeu aos seus semelhantes — mensagem de paz, amor e igualdade.
Fernão entende que o espírito não pode ser verdadeiramente livre sem a capacidade de perdoar, e volta para o antigo bando, como professor, para compartilhar suas idéias, suas descobertas recentes e sua grande experiência, pronto para a difícil luta contra as atuais normas da referida sociedade. A capacidade de perdoar parece ser uma obrigatoriedade para a condição de passagem.

"Você quer voar tão "grande" a ponto de perdoar o bando, e aprender, e voltar a eles um dia e trabalhar para ajudá-los a se conhecer?" — Fernão pergunta ao seu primeiro estudante antes de iniciar as conversações.
Assim como na ficção do livro, na vida real sempre existem pessoas abertas a novos conhecimentos, aceitam os bons ensinamentos que lhes são transmitidos, não se intimidam com a opinião e os conceitos coletivos, e partem em busca da sua verdade, testam seus limites e os superam para realizar seus ideais, mesmo quando tudo parece conspirar contra isso. 
— Vê mais longe quem voa mais alto! 

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